Novo estudo associa solidão com a doença de Parkinson
Saiba mais sobre fatores de risco e possíveis prevenções
Recentemente, um estudo publicado na renomada revista científica JAMA Neurology trouxe à tona importantes informações que ligam o sentimento de solidão ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Parkinson.
A pesquisa avaliou a situação de saúde de quase meio milhão de pessoas ao longo de 15 anos. A maioria dos participantes tinha mais de 50 anos, faixa etária na qual o Parkinson tende a ser mais prevalente.
Novo estudo associa solidão com a doença de Parkinson
Os questionários aplicados aos participantes da pesquisa incluíam perguntas sobre a frequência com que se sentiam sós.
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Na análise dos dados recolhidos, descobriu-se que aqueles que se sentiam frequentemente sozinhos tinham 37% mais chances de desenvolver a doença de Parkinson.
Esse achado não é o primeiro a relacionar a solidão a problemas de saúde, mas é o primeiro a estabelecer uma ligação com o Parkinson.
O que o estudo mostra?
A pesquisa mostrou que mesmo após ajustar para outros fatores demográficos, como estilo de vida e predisposição genética, a associação entre a solidão e o Parkinson permaneceu significativa.
Além disso, descobriram que condições como a depressão e doenças metabólicas, como diabetes, podem atenuar essa relação. Portanto, a associação entre solidão e Parkinson pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo condições de saúde mental e física.
Por que a Solidão está associada ao Parkinson?
A ligação exata entre a solidão e a doença de Parkinson não é totalmente entendida. No entanto, o estudo sugere que as vias metabólicas, inflamatórias e neuroendócrinas podem estar envolvidas.
Além disso, depressão e solidão muitas vezes andam lado a lado, e pesquisas anteriores já mostraram uma forte associação entre a depressão e doenças neurodegenerativas como o Parkinson.
O que é a Doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que afeta o movimento e o controle do corpo. Ele é caracterizado pela degeneração das células nervosas no cérebro que produzem a substância dopamina, responsável pelo controle dos movimentos musculares.
Alguns dos principais fatores de risco para a doença incluem exposição a certas substâncias químicas, trauma crânio, idade avançada, sexo masculino e hereditariedade.
Essa nova pesquisa aponta a importância de considerar os efeitos da solidão na saúde neurológica. No entanto, mais estudos são necessários para entender como a solidão contribui para o desenvolvimento da doença de Parkinson e como esse conhecimento pode ser aplicado para o desenvolvimento de estratégias preventivas eficazes.