Novo exame de sangue detecta autismo com 88% de precisão

Teste permite diagnóstico precoce, aumentando as chances de um tratamento com mais resultados

Primeiro teste fisiológico para autismo mostra alta precisão

Pesquisadores confirmaram a eficiência de um novo exame de sangue capaz de fazer o diagnóstico precoce do autismo. De acordo com o estudo publicado neste mês na Bioengineering & Translational Medicine, a precisão é de 88%.

O exame de sangue pode revolucionar o tratamento de autismo em crianças, pois a identificação precoce permite que as intervenções para amenizar os sintomas do transtorno sejam iniciadas mais cedo, gerando melhores resultados. Hoje, a maioria das crianças é diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) por volta dos 4 anos de idade a partir de observações clínicas.

“Em vez de olhar para os metabólitos individuais, investigamos padrões de vários metabólitos e encontramos diferenças significativas entre os metabólitos de crianças com TEA e aquelas que são neurotípicas. Essas diferenças nos permitem categorizar se um indivíduo está no espectro do autismo”, explica Juergen Hahn, professor do Departamento de Engenharia Biomédica do Instituto Politécnico Rensselaer e principal autor do estudo.

“O trabalho de Juergen no desenvolvimento de um teste fisiológico para o autismo é um exemplo de como a interface interdisciplinar de engenharia da ciência da vida no Rensselaer traz novas perspectivas e soluções para melhorar a saúde humana”, afirmou Deepak Vashishth, diretor do Centro Rensselaer de Biotecnologia e Estudos Interdisciplinares (CBIS).

Mais sobre o Transtorno do Espectro Autista

Há crianças com autismo que não falam e outros que desenvolvem a comunicação oral

O grau de  intensidade do autismo é variável e o jeito de lidar com cada um também. Há desde quadros mais leves em que não há comprometimento da fala, até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo.

Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única. Algumas podem levar uma vida relativamente normal, enquanto outras podem precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.

Causas e tratamento

As causas que provocam o autismo ainda é um mistério para a Ciência, mas considera-se fatores genéticos, biológicos e ambientais.  Ainda não há cura para o Transtorno do Espectro do Autismo. Da mesma forma não existe um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todos os portadores do transtorno.

Geralmente, os autistas se destacam em habilidades visuais e artísticas. Confira aptidões listadas pela ONG Autismo & Realidade:

  • Costuma ter facilidade em aprender visualmente;
  • São muito atentas aos detalhes e à exatidão;
  • Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
  • Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse específico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;
  • A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;
  • Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;

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