Novo tipo sanguíneo raro resolve mistério médico de 50 anos

Pesquisadores do Reino Unido identificam tipo sanguíneo raro, encerrando um mistério de décadas e abrindo portas para transfusões mais seguras

04/05/2025 09:32

Esta nova pesquisa levará a uma transfusão de sangue mais segura e simplificará o processo de doação de sangue
Esta nova pesquisa levará a uma transfusão de sangue mais segura e simplificará o processo de doação de sangue - ktsimage/istock

Cientistas da Universidade de Bristol, em parceria com o NHS Blood and Transplant (NHSBT), do Reino Unido, identificaram um novo e raro tipo sanguíneo, resolvendo um mistério que perdurava há mais de meio século. O achado está relacionado ao antígeno AnWj, observado pela primeira vez em 1972, mas cuja origem permanecia inexplicável até agora.

A nova descoberta foi nomeada de sistema sanguíneo ‘MAL’ e marca um salto importante na compreensão dos tipos de sangue. Ele se soma aos sistemas já conhecidos, como os famosos ABO e Rh, ampliando para 47 os sistemas sanguíneos reconhecidos, com mais de 360 antígenos no total.

Teste genético inovador promete maior segurança para pacientes com sangue raro.
Teste genético inovador promete maior segurança para pacientes com sangue raro. - kentarus/istock

Avanço pode salvar vidas

A presença do antígeno AnWj é comum em 99,9% das pessoas, mas uma minoria apresenta ausência completa — são os chamados AnWj-negativos, um fenótipo extremamente raro. Com o novo teste genético, é possível identificar com precisão essas pessoas e fornecer tratamento seguro e personalizado.

Esse avanço promete revolucionar as transfusões sanguíneas, facilitando a busca por doadores compatíveis e oferecendo maior proteção a pacientes com esse perfil incomum, que podem enfrentar riscos sérios com sangue incompatível. A pesquisa foi publicada na revista Blood, da Sociedade Americana de Hematologia.

 

 

Pessoas com este tipo sanguíneo envelhecem mais devagar

Pesquisadores identificaram que indivíduos com sangue tipo O apresentam menor risco de doenças cardiovasculares e envelhecimento celular mais lento. O estudo, publicado nesta semana, analisou dados genéticos de milhares de pessoas. Especialistas sugerem que fatores imunológicos associados a esse tipo sanguíneo contribuem para maior longevidade. Clique aqui para saber mais.