Nutriente que ajuda a reduzir o crescimento de tumor de próstata
Estudo revela que equilibrar ômega-3 e ômega-6 pode impactar a progressão do câncer de próstata
Um estudo recente trouxe novas perspectivas para homens diagnosticados com câncer de próstata em estágio inicial. A pesquisa, publicada no Journal of Clinical Oncology, sugere que ajustes simples na dieta podem retardar o crescimento das células tumorais, o que representa um avanço significativo para aqueles que seguem a estratégia de vigilância ativa.

A importância da vigilância ativa
Para pacientes com câncer de próstata de baixo risco, a vigilância ativa é uma abordagem comum. Nesse método, o tumor é monitorado regularmente sem intervenções imediatas, como cirurgia ou radioterapia. Embora seja uma alternativa eficaz para evitar tratamentos agressivos desnecessários, cerca de 50% dos pacientes acabam necessitando de medidas mais invasivas após cinco anos.
Com isso em mente, pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA) investigaram como a alimentação pode influenciar a progressão da doença, oferecendo aos pacientes uma nova ferramenta para prolongar o tempo sem necessidade de tratamentos intensivos.
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Como a dieta pode influenciar o câncer de próstata?
O estudo analisou 100 homens com câncer de próstata em vigilância ativa, divididos em dois grupos. O primeiro manteve sua alimentação habitual, enquanto o segundo recebeu suplementação de óleo de peixe e passou por uma reeducação alimentar focada no aumento do consumo de ácidos graxos ômega-3 e na redução de ômega-6.
Após um ano, os resultados foram significativos: os pacientes que seguiram a nova dieta apresentaram uma redução de 15% no índice Ki-67, biomarcador que indica a multiplicação das células tumorais. Em contrapartida, aqueles que mantiveram a alimentação convencional registraram um aumento de 24% nesse indicador.
Apesar dos benefícios observados, os pesquisadores destacaram que a dieta não alterou outros marcadores de progressão da doença, como o grau de Gleason, que classifica a agressividade do tumor.

Quais alimentos são recomendados e quais devem ser evitados?
Para alcançar um equilíbrio adequado entre ômega-3 e ômega-6, os pesquisadores orientaram os participantes a priorizar alimentos ricos em ômega-3, como salmão, sardinha e azeite de oliva. Além disso, o consumo de cápsulas de óleo de peixe também foi incentivado.
Por outro lado, os participantes foram aconselhados a reduzir a ingestão de frituras e alimentos ultraprocessados, como biscoitos e salgadinhos, que são fontes ricas em ômega-6, um tipo de gordura que, em excesso, pode favorecer processos inflamatórios no organismo.
O suporte nutricional contínuo ajudou os pacientes a manter escolhas alimentares mais saudáveis, tornando a mudança na dieta sustentável a longo prazo.

O que esperar do futuro?
Embora os resultados do estudo sejam promissores, os pesquisadores enfatizam que mais investigações são necessárias para compreender completamente os impactos da alimentação na progressão do câncer de próstata. Estudos mais amplos poderão avaliar os efeitos a longo prazo dessas mudanças na dieta e sua influência nas taxas de sobrevivência dos pacientes.
“Nossas descobertas sugerem que algo tão simples quanto ajustar a alimentação pode ajudar a retardar o crescimento do tumor e postergar a necessidade de tratamentos mais agressivos”, afirmou William Aronson, principal autor do estudo.
A pesquisa reforça a importância de hábitos alimentares saudáveis não apenas na prevenção, mas também no controle do câncer de próstata, oferecendo aos pacientes uma estratégia adicional para gerenciar a doença com qualidade de vida
Estudo reforça a relação entre alimentação e câncer de próstata
Além da dieta rica em ômega-3, um estudo citado pela Catraca Livre revelou que praticar exercícios físicos regularmente pode reduzir em até 35% o risco de câncer de próstata. A pesquisa destaca que manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e atividade física, pode ser essencial para a prevenção e controle da doença. Veja mais aqui!