Novo estudo sugere nutriente que reduz espinhas significativamente

Pesquisa indica certos nutrientes que podem reduzir as espinhas, promovendo uma pele mais saudável e menos inflamada

O que pode ajudar na redução de espinhas?
Créditos: iStock/andriano_cz
O que pode ajudar na redução de espinhas?

Os alimentos que consumimos têm um impacto significativo na saúde da pele, incluindo a propensão a desenvolver espinhas.

Dietas ricas em alimentos ultraprocessados, açúcares refinados, laticínios e gorduras saturadas podem aumentar a produção de sebo e favorecer a inflamação e a colonização bacteriana, que são fatores-chave no desenvolvimento da acne.

Intervenções dietéticas para tratar a acne ainda são pouco exploradas, mas há evidências crescentes de que certos nutrientes podem desempenhar um papel importante na modulação dessa condição.

Qual nutriente pode ajudar a combater espinhas?

Os ácidos graxos ômega-3 (ω-3 FA), conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, são considerados promissores no combate às espinhas.

Esses nutrientes incluem ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA), que são essenciais para a saúde, mas que o corpo não produz em quantidades suficientes, necessitando, portanto, de suplementação adequada.

Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3 incluem peixes gordurosos como salmão e sardinha, além de sementes de chia, linhaça, nozes e óleo de algas. 

Quais são os benefícios do ômega-3?

Os ácidos graxos ômega-3 desempenham um papel crucial na redução da inflamação no corpo. A dieta ocidental moderna, no entanto, tende a conter uma proporção muito alta de ácidos graxos ômega-6, que são pró-inflamatórios, em comparação com os ômega-3.

Esse desequilíbrio pode contribuir para várias condições inflamatórias, incluindo a acne. A suplementação com ômega-3 pode ajudar a reequilibrar essa proporção e reduzir a inflamação.

No contexto da acne, isso pode resultar em menor produção de sebo, redução dos níveis de citocinas inflamatórias e diminuição da presença de bactérias causadoras de acne.

Além disso, os ômega-3 podem melhorar a integridade da pele e aumentar a função antioxidante, promovendo uma pele mais saudável e menos propensa à acne.

Como os cientistas realizaram o estudo sobre ômega-3 e acne?

Um estudo publicado no The Journal of Cosmetic Dermatology investigou a eficácia dos ácidos graxos ômega-3 na redução da acne.

60 pacientes, com uma idade média de 26 anos e que não estavam utilizando medicamentos prescritos para acne, participaram do estudo. Eles estavam divididos em dois grupos, com 37 participantes apresentando acne papulopustular (AP) e 23 com acne comedonal (AC).

A maioria dos participantes estava insatisfeita com os resultados de tratamentos anteriores ou com os efeitos colaterais desses tratamentos.

Os participantes, então, acabaram sendo instruídos a seguir uma dieta mediterrânea e a consumir suplementos de ômega-3 derivados de algas.

No início do estudo, mais de 98% dos participantes estavam com níveis baixos de ácidos graxos, com uma média de índice HS-ômega-3 de 5%. Após a suplementação, esse índice aumentou significativamente para 8%, embora alguns pacientes ainda apresentassem déficits.

Afinal, quais foram os resultados do estudo?

Os resultados mostraram uma redução significativa tanto nas lesões inflamatórias quanto nas não inflamatórias. Ao final do estudo, houve uma diminuição no número de pacientes com acne grave e um aumento no número de pacientes com acne leve.

Além disso, muitos pacientes relataram uma melhora na qualidade de vida, independentemente da persistência de algumas lesões.

Cerca de 80% dos participantes relataram uma melhora geral na acne, enquanto 8% sentiram que a condição piorou. Os pacientes com acne papulopustular, em particular, mostraram a maior melhoria nos níveis de ômega-3, correlacionando-se com uma redução significativa nas lesões.

Os achados do estudo sugerem que a suplementação de ácidos graxos ômega-3, combinada com uma dieta equilibrada, pode ser uma abordagem eficaz para reduzir a gravidade da acne e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Vale destacar que cada caso é único, então seu tratamento contra as espinhas deve ser determinado por um profissional da saúde.