O alimento que a ciência defende contra a demência
Recente descoberta abre caminho para uma nova abordagem na manutenção da saúde cerebral
Um estudo do centro de pesquisas APC Microbiome, na Irlanda, revelou que a escolha certa de alimentos pode ter um impacto significativo tanto a curto quanto a longo prazo na função cerebral, além de oferecer benefícios na redução do risco de demência.
Publicado na prestigiada revista científica Nutritional Neuroscience, o estudo analisou um grupo de adultos com idades entre 25 e 45 anos. Eles consumiram regularmente uma bebida fermentada à base de laticínios. Cada porção dessa bebida continha uma concentração de 25 a 30 bilhões de micro-organismos vivos e ativos.
Após a análise, os pesquisadores descobriram que a ingestão da bebida láctea fermentada “aumentou a presença de micro-organismos específicos no intestino e melhorou a memória associativa em adultos saudáveis”.
Especialistas explicam que essa descoberta destaca a conexão íntima entre o cérebro e o intestino, onde mudanças no microbioma intestinal podem desencadear alterações comportamentais e cognitivas.
Além disso, estudos adicionais sugerem que alimentos lácteos fermentados podem oferecer efeitos neuroprotetores. E podem até ser considerados como opções terapêuticas para tratar e prevenir o declínio cognitivo associado à demência e à doença de Alzheimer.
Entre os alimentos com propriedades benéficas destacam-se os seguintes:
- kombucha, uma bebida probiótica repleta de nutrientes vitais;
- kefir, uma espécie de coalhada que proporciona poderosos benefícios probióticos;
- tempeh, uma iguaria feita de grão-de-bico fermentado, rico em nutrientes essenciais;
- iogurte probiótico, conhecido por sua capacidade de promover um microbioma saudável.