O caminho para a felicidade segundo livro japonês que virou best-seller
Obra inspirada na psicologia Adleriana mostra que deixar de agradar a todos pode ser libertador
Ao viver em sociedade, é natural que surjam conflitos, mal-entendidos e tensões. A diversidade de opiniões, comportamentos e expectativas molda a convivência entre indivíduos e, em muitos casos, impacta diretamente o equilíbrio emocional de cada um.

Essa é a base da obra “A coragem de não agradar”, escrita por Ichiro Kishimi e Fumitake Koga.
O livro se tornou um best-seller ao apresentar, de maneira acessível e profunda, os princípios da psicologia Adleriana, abordagem desenvolvida pelo psicoterapeuta austríaco Alfred Adler.
Segundo os autores, tentar ser simpático ou querido o tempo todo pode ser um fardo. Em vez disso, eles defendem a liberdade de não depender da aprovação alheia para ser feliz e lembram que o contrário também é válido: ninguém precisa gostar de todos.
Entender seu valor é o primeiro passo
A principal mensagem da obra é que reconhecer a própria contribuição para o mundo, ainda que pareça pequena, ajuda a reduzir o peso da opinião dos outros.
A partir do momento em que a pessoa entende o próprio valor, a necessidade de agradar se dissolve e a felicidade se torna mais possível.
Esse ponto de vista propõe um alívio: você não precisa ser amado por todos para se sentir bem consigo mesmo. Valorizar sua própria jornada e impacto social é essencial para uma vida mais autêntica e leve.
O que dizem os dados sobre os países mais felizes?
A felicidade, embora subjetiva, pode ser analisada a partir de fatores como confiança, apoio social, liberdade e generosidade.
É isso que mostra o Relatório Mundial da Felicidade de 2025, produzido pela Universidade de Oxford em parceria com a ONU e a Gallup.
A edição mais recente do relatório avaliou mais de 140 países, cruzando indicadores econômicos e sociais com a percepção das pessoas sobre suas vidas.
Os resultados destacam que, mesmo em um cenário global desafiador, a felicidade continua fortemente associada à qualidade dos laços humanos. Dito isso, a Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo.
Isso reforça que políticas públicas voltadas ao bem-estar coletivo, aliadas à construção de relações de confiança e solidariedade, são pilares fundamentais para sociedades mais felizes e resilientes.