O consumo desta fruta com regularidade pode reduzir o risco de demência

Estudo da Universidade de Cincinnati investigou os benefícios do morango

20/08/2024 21:31

Novas descobertas sobre prevenção de demência
Novas descobertas sobre prevenção de demência - iStock/nopparit

Um estudo recente da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, aponta que o consumo regular de morangos pode diminuir o risco de demência em indivíduos de meia-idade.

A pesquisa também investigou os benefícios dos mirtilos, revelando que ambas as frutas contêm antocianinas, antioxidantes que proporcionam vantagens metabólicas e cognitivas.

De acordo com dados epidemiológicos, pessoas que consomem morangos ou mirtilos regularmente apresentam um declínio cognitivo mais lento à medida que envelhecem. Além das antocianinas, os morangos possuem elagitaninos e ácido elágico, compostos associados a benefícios adicionais à saúde.

A pesquisa: metodologia e resultados

O estudo incluiu 30 participantes com idades entre 50 e 65 anos, todos com sobrepeso e sinais iniciais de declínio cognitivo, um grupo com maior risco de demência e outras condições relacionadas.

Durante 12 semanas, os participantes se abstiveram de consumir frutas silvestres, exceto por um suplemento em pó que deveria ser misturado com água e ingerido diariamente no café da manhã. Metade do grupo recebeu o equivalente a uma xícara de morangos inteiros, enquanto a outra metade recebeu um placebo.

Os resultados indicaram que aqueles que consumiram o pó de morango mostraram uma melhoria na memória e uma redução significativa nos sintomas depressivos.

Além disso, os pesquisadores observaram que o consumo de morangos pode reduzir a inflamação no cérebro, um fator que contribui para o declínio das funções cognitivas em pessoas com sobrepeso e resistência à insulina.

O impacto dos morangos na função cognitiva

A pesquisa sugere que o consumo diário de morangos pode melhorar a função cognitiva ao diminuir a inflamação cerebral, especialmente em pessoas de meia-idade com sobrepeso.

Segundo o professor Robert Krikorian, envolvido no estudo, a inflamação resultante da obesidade e da resistência à insulina tende a afetar as habilidades executivas. Portanto, os benefícios observados no grupo que consumiu morangos podem estar ligados à redução dessa inflamação, retardando o declínio cognitivo.