O óleo de lavanda ele realmente funciona para todos? A ciência por trás da redução do cortisol (hormônio do estresse)
Estudos indicam que a lavanda pode reduzir o estresse
O uso do óleo de lavanda como aliado contra o estresse ganhou espaço em casas, consultórios e academias de bem-estar, motivando pessoas a buscar noites mais tranquilas, momentos de relaxamento e apoio em rotinas agitadas, enquanto cresce o interesse em entender se esse recurso natural realmente interfere em hormônios ligados ao estresse, como o cortisol, e se é adequado e seguro para diferentes perfis.

O que é o óleo de lavanda e como ele age no organismo?
O óleo essencial de lavanda, em geral extraído da espécie Lavandula angustifolia, concentra compostos aromáticos como linalol e acetato de linalila, associados a efeitos relaxantes. Quando inaladas, essas substâncias alcançam o sistema olfativo e se comunicam com áreas cerebrais ligadas a emoções, memória e resposta ao estresse.
Estudos em neurociência indicam que o aroma pode modular neurotransmissores como o GABA, favorecendo sensação de calma e redução de frequência cardíaca em situações desafiadoras. No uso tópico, diluído em óleos vegetais ou cremes, há absorção cutânea, mas a principal via de ação relacionada ao estresse permanece sendo a estimulação olfatória.
Óleo de lavanda realmente reduz o cortisol do estresse?
O cortisol, hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, participa do controle da pressão arterial, do metabolismo da glicose e da resposta a desafios físicos e emocionais. Em estresse crônico, níveis persistentemente elevados se associam a maior risco de alterações do sono, ganho de peso e problemas cardiovasculares.
Ensaios clínicos com aromaterapia mostram que a inalação de lavanda antes de situações estressantes pode levar a queda discreta do cortisol salivar em comparação a grupos controle. Esses efeitos são considerados moderados e contextuais, funcionando como recurso complementar, e não como substituição de cuidados médicos, psicológicos ou mudanças de estilo de vida.
Confira abaixo um vídeo do canal no Youtube Glauce Muller – Especialista em Óleos Essenciais
sobre os benefícios do óleo de lavanda:
Quais fatores influenciam a resposta individual ao óleo de lavanda?
A resposta ao óleo de lavanda varia conforme a sensibilidade individual aos aromas, histórico de enxaqueca, rinite, alergias respiratórias e até memórias associadas ao cheiro. Pessoas em tratamento para ansiedade, depressão ou distúrbios hormonais podem apresentar padrão distinto de cortisol e, por isso, resposta diferente ao uso.
A qualidade do produto é outro ponto decisivo, pois pesquisas utilizam óleos de alta pureza, livres de fragrâncias sintéticas. Para orientar o consumidor e reduzir variações de efeito, algumas recomendações práticas costumam ser propostas por profissionais de saúde e aromaterapeutas:
- Verificar se o rótulo indica 100% óleo essencial de lavanda, sem perfumes artificiais.
- Realizar teste de contato em pequena área da pele antes do uso tópico regular.
- Começar com poucos minutos de inalação, observando possíveis desconfortos.
- Buscar orientação profissional em uso frequente, gestantes, crianças ou pessoas com doenças crônicas.

Como usar o óleo de lavanda com segurança para auxiliar no controle do estresse?
No manejo do estresse diário, o uso criterioso do óleo de lavanda pode ser integrado a outras estratégias de autocuidado, como sono de qualidade, atividade física e alimentação equilibrada. Difusores, gotas no travesseiro ou inalação em lenços são formas comuns, sempre com boa ventilação e sem exagero na quantidade, evitando dor de cabeça, náuseas ou irritação.
Profissionais de saúde integrativa frequentemente combinam lavanda a respiração profunda, meditação guiada ou alongamentos leves, em que a redução do cortisol resulta do conjunto de práticas. Nesses casos, o aroma funciona como “gatilho sensorial” para marcar momentos de pausa, ajudando a criar rituais de desaceleração ao longo do dia, sem substituir tratamentos médicos ou psicológicos já estabelecidos.