O poder invisível do abraço para a saúde, segundo a ciência

Quando nos envolvemos em um abraço sincero, nosso organismo responde liberando substâncias que nos fazem sentir bem

04/03/2025 21:00

Quando nos envolvemos em um abraço sincero, nosso organismo responde liberando substâncias que nos fazem sentir bem – Jacob Wackerhausen/iStock
Quando nos envolvemos em um abraço sincero, nosso organismo responde liberando substâncias que nos fazem sentir bem – Jacob Wackerhausen/iStock - Jacob Wackerhausen/iStock

Já pensou ter acesso a um remédio que não precisa de prescrição, não tem contraindicações e ainda fortalece corpo e alma? Ele existe – e se chama abraço. Um abraço verdadeiro é mais do que um gesto: é uma dose instantânea de aconchego, capaz de dissolver angústias, aliviar tensões e até recalibrar nosso bem-estar emocional.

Mas e quando nos falta esse contato? O impacto pode ser maior do que imaginamos. O estresse se intensifica, a pressão arterial pode subir e o sistema imunológico perde força. O corpo sente falta do toque, e a ciência comprova: abraçar é essencial para a saúde.

O abraço como gatilho de felicidade

Quando nos envolvemos em um abraço sincero, nosso organismo responde liberando substâncias que nos fazem sentir bem. A oxitocina, o famoso “hormônio do carinho”, entra em cena, trazendo calma, reduzindo o estresse e fortalecendo os laços afetivos. Endorfinas também fazem seu trabalho, desacelerando a respiração e os batimentos cardíacos, promovendo uma sensação de relaxamento profundo.

Mas há algo além da bioquímica: a intenção por trás do abraço faz toda a diferença. O afeto que colocamos nesse gesto amplifica seus benefícios, tornando-o um elo poderoso entre as pessoas.

Desde o primeiro respiro: abraços e os bebês

O toque é o primeiro idioma que aprendemos. Recém-nascidos que recebem contato físico frequente crescem mais saudáveis, e bebês prematuros podem até dobrar de peso quando têm esse estímulo. A OMS recomenda o método “mãe-canguru” – pele com pele logo após o nascimento – como forma de reduzir infecções, estabilizar a temperatura corporal e até aumentar a taxa de sobrevivência dos pequenos.

Abraçar é um presente para o coração

A ciência confirma: corações que recebem mais abraços batem em um ritmo mais tranquilo. Estudos demonstram que pessoas que abraçam frequentemente tendem a ter pressão arterial e frequência cardíaca mais baixas. E não para por aí: até segurar as mãos de alguém querido fortalece vínculos e promove relaxamento.

E há ainda um alívio inesperado: um experimento divulgado pela revista científicas Holistic Nursing Practice apontou que pacientes com fibromialgia sentiram uma redução significativa da dor após receberem abraços.

Um gesto simples, um impacto profundo

No fim das contas, um abraço vai além do toque. Ele aquece, conecta, alivia e até cura. Em tempos de correria, estresse e telas frias, nunca subestime o poder transformador desse gesto genuíno. Então, que tal distribuir mais abraços hoje? Afinal, é um remédio gratuito – e sem efeitos colaterais.

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