O primeiro sinal de Alzheimer pode surgir antes dos 45 anos
Veja o sinal de Alzheimer que pode surgir aos 40 anos e saiba como identificar e prevenir a doença precocemente
A idade é um dos principais fatores de risco para o Alzheimer, com sintomas típicos que costumam se manifestar após os 65 anos. No entanto, indivíduos com histórico familiar da doença podem começar a exibir sinais muito antes.
Estudos recentes indicam que dificuldades de locomoção, como a perda de orientação ao caminhar, podem ser indicadores precoces da doença, aparecendo por volta dos 40 anos.
Qual é o primeiro sinal de Alzheimer?
Pesquisadores da University College London, no Reino Unido, descobriram que a perda de orientação durante a caminhada, combinada com dificuldades de percepção espacial, pode ser o primeiro indício de Alzheimer em pessoas predispostas a desenvolver a doença.
Essas dificuldades de locomoção podem surgir anos ou até décadas antes de outros sintomas mais comuns, permitindo um diagnóstico antecipado.
Testes de habilidades de orientação, realizados com capacetes de realidade virtual, mostraram que indivíduos com maior risco de demência apresentaram os piores resultados.
Como diagnosticar Alzheimer precocemente?
A identificação precoce de sinais específicos de Alzheimer é crucial para um diagnóstico mais preciso e oportuno. Como não há cura para a demência, a detecção antecipada permite que intervenções médicas sejam mais eficazes.
Medicamentos como lecanemab e donanemab têm mostrado promessas na eliminação de aglomerados tóxicos de amiloide no cérebro durante os estágios iniciais da doença. Essas “placas senis” são uma das principais características patológicas do Alzheimer.
Embora os medicamentos sejam promissores, mais dados são necessários para avaliar completamente seus benefícios e efeitos colaterais, como a redução do volume cerebral.
Quais outros sinais devem ser observados?
- Problemas de memória que afetam atividades diárias;
- Dificuldades em realizar tarefas habituais;
- Problemas de comunicação;
- Desorientação no tempo e no espaço;
- Diminuição da capacidade de julgamento e crítica;
- Mudanças de humor e comportamento;
- Alterações na personalidade;
- Perda de iniciativa.
Conforme a doença avança, funções mentais como linguagem, orientação espacial, pensamento lógico e regulação das emoções são prejudicadas, levando a dificuldades motoras severas na fase mais avançada. O Alzheimer em si não é fatal, mas as complicações decorrentes podem ser.
Como prevenir o Alzheimer?
Prevenir o Alzheimer envolve um estilo de vida saudável. A alimentação equilibrada, rica em vegetais, frutas, sementes e peixes, com a limitação de açúcares, carboidratos refinados e gorduras saturadas e trans, é essencial.
A dieta mediterrânea, que inclui nutrientes como ômega 3, vitamina E e resveratrol, vem sendo associada à redução do risco de demências, embora não haja evidências conclusivas sobre a eficácia de suplementos.
A prática regular de atividades físicas é vital não apenas para a saúde geral, mas também para as funções cognitivas. Manter hábitos saudáveis, como controlar doenças crônicas (hipertensão, diabetes, depressão), dormir bem, evitar fumar e limitar o consumo de álcool, são medidas importantes.
Além disso, uma vida social ativa e envolvimento em atividades intelectuais e de lazer ajudam a construir uma reserva cognitiva, potencialmente retardando o aparecimento dos sintomas em caso de desenvolvimento da doença.