O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?

Preocupar-se com a aparência é algo comum, especialmente em uma sociedade que valoriza fortemente a imagem. No entanto, para algumas pessoas, essa preocupação pode se tornar excessiva e interferir significativamente em suas vidas diárias. Quando isso acontece, pode ser um sinal de dismorfia corporal.

O que é a dismorfia corporal?

Entendendo o transtorno dismórfico corporal (TDC)

Também conhecida como Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), a dismorfia é uma condição mental séria onde a pessoa tem uma preocupação obsessiva com falhas percebidas na aparência física. Muitas vezes, essas falhas são inexistentes ou mínimas, mas causam grande angústia para o indivíduo.

Efeitos na qualidade de vida

A dismorfia corporal pode afetar gravemente a qualidade de vida e o bem-estar emocional do indivíduo. A preocupação constante com a aparência pode levar a sentimentos de tristeza, desesperança e ansiedade intensa. Além disso, a baixa autoestima é uma consequência comum, resultante de uma visão extremamente negativa de si mesmo.

Sinais e comportamentos indicativos

Para identificar se a preocupação com a aparência é um caso de dismorfia corporal, é importante observar certos sinais e comportamentos. Pergunte a si mesmo:

• Você passa a maior parte do tempo pensando em uma ou mais imperfeições na aparência?
• Essas preocupações parecem desproporcionais ao que outras pessoas percebem?
• Você evita situações sociais ou fotos por causa de preocupações com sua aparência?
• Você sente desconforto extremo ou ansiedade em eventos sociais devido à aparência?
• Suas relações interpessoais estão sendo prejudicadas por causa da obsessão com a aparência?

Comportamentos compulsivos

Pessoas com TDC frequentemente exibem comportamentos compulsivos relacionados à aparência. Elas passam muito tempo se examinando em espelhos, vitrines ou outras superfícies reflexivas.

Além disso, usam maquiagem, roupas ou acessórios excessivamente para esconder as imperfeições percebidas e pedem frequentemente a opinião de outras pessoas sobre sua aparência, buscando tranquilidade.

Causas da dismorfia corporal

De acordo com a Universidade de Medicina Johns Hopkins, acredita-se que a dismorfia corporal seja causada por uma combinação de fatores ambientais, psicológicos e biológicos.

Experiências de bullying ou provocação podem criar ou fomentar sentimentos de inadequação, vergonha e medo do ridículo, contribuindo para o desenvolvimento do TDC.

Além disso, uma história familiar de TDC ou transtorno mental semelhante pode aumentar o risco.

Sinais e sintomas

• Olhar-se no espelho repetidamente ou evitar espelhos para não ver as imperfeições.
• Uso excessivo de maquiagem, roupas, chapéus ou acessórios para esconder os defeitos percebidos.
• Pedir frequentemente a opinião de outras pessoas sobre sua aparência e não sentir-se tranquilizado pelas respostas.
• Realizar procedimentos cosméticos desnecessários ou excessivos.
• Evitar encontros sociais, trabalho, escola ou outras atividades devido à vergonha ou ansiedade sobre a aparência.
• Depressão e ansiedade intensas relacionadas à aparência.
• Baixa autoestima e uma visão extremamente negativa de si mesmo.

Consequências da dismorfia corporal

• Sentimentos de vergonha, culpa ou solidão.
• Depressão ou ansiedade.
• Isolamento social para evitar situações que causem ansiedade ou desconforto.
• Uso indevido de álcool ou outras drogas.
• Necessidade de procedimentos médicos desnecessários, como cirurgia estética.
• Distúrbios alimentares.
• Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
• Automutilação.
• Pensamentos suicidas.

Quando procurar ajuda?

Muitas pessoas com TDC não procuram ajuda por medo de serem julgadas ou vistas como vaidosas. No entanto, é crucial buscar ajuda de um profissional de saúde mental se você ou alguém que você conhece exibe muitos desses sinais. Um diagnóstico adequado e um tratamento eficaz podem melhorar significativamente a qualidade de vida.

Tratamento para dismorfia corporal

A dismorfia corporal é uma condição tratável. Intervenções como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e medicação podem ser extremamente úteis.

A TCC é a psicoterapia mais eficaz, ajudando a substituir pensamentos negativos por positivos. Medicamentos antidepressivos, como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, geralmente funcionam bem para o TDC.