O que o nariz torto revela sobre sua saúde respiratória

À primeira vista, o nariz torto pode parecer apenas uma característica singular do rosto – um detalhe estético que foge dos padrões, mas compõe a identidade de quem o carrega. No entanto, por trás dessa “marca registrada” pode estar escondido um problema muito mais sério: a saúde respiratória em risco.

O que poucos sabem é que o desvio no alinhamento nasal pode sinalizar algo chamado desvio de septo – uma alteração na estrutura interna do nariz que, além de afetar a estética, compromete a respiração e, com ela, o bem-estar como um todo.

“Mais do que uma questão visual, o nariz torto pode indicar um desalinhamento no septo nasal, responsável por dividir as cavidades do nariz. Quando essa estrutura está desviada, a passagem de ar é prejudicada e a saúde começa a sentir os efeitos”, explica o Dr. Thássio Zaccarof, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, especialista em cirurgias nasais.

Um sinal do corpo: o que está por trás do nariz torto?

Segundo o especialista, o que os espelhos revelam pode ser apenas a superfície de uma condição chamada laterorrinia, em que o dorso nasal se apoia de maneira desigual sobre o septo, levando à curvatura visível. “O que é visto como traço estético pode, na verdade, ser um aviso do corpo sobre algo que não está funcionando bem”, afirma o médico.

E os efeitos desse desalinhamento vão muito além da aparência: obstrução nasal, sinusites recorrentes, dores de cabeça e até a perda parcial do olfato — a chamada hiposmia — entram na lista de possíveis complicações. “Esses sintomas impactam diretamente a qualidade de vida do paciente”, reforça Zaccarof.

Quando o ar falta, a solução é cirúrgica

A boa notícia é que a ciência oferece uma solução precisa: a cirurgia. “Como é uma questão anatômica, não há como corrigir apenas com medicamentos. A cirurgia é capaz de restaurar a função respiratória e, de quebra, melhorar a simetria do nariz”, diz o especialista.

Mais do que respirar melhor, o paciente pode sair da mesa cirúrgica com um novo ângulo de autoestima. Afinal, cuidar da saúde e da aparência não precisa ser uma escolha — pode (e deve) ser um caminho duplo.

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