O que significa quando o cachorro cheira o dono, segundo a psicologia canina?
O gesto do seu cachorro na porta esconde um carinho que quase ninguém percebe
Quando um cachorro recebe alguém na porta com latidos, pulos e muito cheiro, ele revela como interpreta o mundo por meio do olfato. Em poucos segundos, o animal “lê” onde o tutor esteve, com quem interagiu e até em que estado emocional retorna para casa, fazendo desse momento uma verdadeira “leitura do dia” da pessoa.
O olfato canino é tão desenvolvido que, em poucos instantes, o animal coleta informações que passam despercebidas pelos sentidos humanos. Pelo cheiro das roupas, da pele e até dos objetos trazidos na bolsa ou mochila, o cachorro associa odores a experiências anteriores, cria memórias e reforça o vínculo com sua família.
Por isso, o hábito de cheirar não é apenas aceitável: faz parte da forma como o cão se relaciona com o ambiente e se mantém mentalmente equilibrado.
Por que o cachorro cheira o dono ao chegar em casa?
A principal razão para o cachorro cheirar o dono ao chegar em casa está ligada à maneira como os cães processam informações. Enquanto os humanos confiam predominantemente na visão e na audição, os cães usam o olfato como “canal principal” para atualizar o “banco de dados” de cheiros e perceber qualquer mudança.
Esse comportamento também está associado ao reconhecimento social e à sensação de segurança. Mesmo vendo ou ouvindo o tutor, o cão confirma a identidade pelo cheiro, diferenciando cada pessoa da casa, suas rotinas, horários e até objetos pessoais.
Assista abaixo um vídeo do canal no Tiktok do Adestrador Caio que fala sobre o porque os cachorros cheiram as partes intimas:
O que significa quando o cachorro cheira o dono?
O significado de o cachorro cheirar o dono ao chegar em casa pode envolver afeto, curiosidade e leitura emocional ao mesmo tempo. Quando o animal se aproxima com o corpo relaxado, rabo abanando e expressão calma, o olfateio funciona como uma saudação carinhosa e um reforço de vínculo.
Além disso, o cachorro também “lê” o dia do tutor por meio de sinais químicos. Feromônios e odores corporais mudam com o estresse ou a tranquilidade, e o cão adapta seu comportamento, ficando mais próximo, mais alerta ou apenas observador.
- Cheiro com rabo abanando: indica reconhecimento e boa associação com a chegada.
- Cheiro insistente nas roupas ou sapatos: sugere interesse por odores de rua, outros animais ou novos ambientes.
- Cheiro com postura tensa: pode apontar dúvida, estranhamento ou algo fora do padrão habitual.
Cheirar o dono é falta de educação canina ou comportamento normal?
Muitas pessoas se perguntam se o cachorro cheirar o dono de forma constante é sinal de falta de limites. De acordo com especialistas em comportamento animal, o olfateio, por si só, é um comportamento natural e essencial para o bem-estar mental do cão, devendo ser compreendido e direcionado, não reprimido.
O que requer atenção é quando esse hábito se torna exagerado, com ansiedade intensa, choros ou incapacidade de se acalmar após a chegada do tutor. Nesses casos, é importante trabalhar rotinas estáveis, enriquecimento ambiental e, se necessário, buscar orientação profissional.
- Manter uma rotina previsível: horários similares para passeios, alimentação e descanso ajudam o cachorro a lidar melhor com ausências.
- Oferecer brinquedos e atividades: estímulos mentais e físicos reduzem o foco exclusivo na chegada do tutor.
- Evitar reforçar pulos e agitação: ignorar a euforia por alguns segundos e recompensar apenas quando o cão estiver mais calmo facilita o aprendizado.
Como retribuir o gesto do cachorro ao cheirar o dono?
Retribuir o comportamento do cão ao cheirar o tutor significa transformar esse momento em algo organizado e positivo para ambos. Muitos tutores criam um pequeno ritual: permitem que o cachorro cheire, aguardam alguns instantes e, em seguida, oferecem carinho breve e palavras calmas.
Também é possível reforçar esse encontro com atividades que estimulem o olfato de forma saudável, como brinquedos recheáveis, jogos de procurar petiscos ou passeios com tempo para explorar cheiros. Assim, o momento da chegada vira apenas mais um capítulo de uma rotina estável, e não o único ponto alto do dia.