O que você bebe pode afetar seu cérebro mais do que você imagina, alerta neurocientista
Estudos recentes reforçam o alerta: o excesso dessas bebidas pode aumentar significativamente o risco de demência em longo prazo

Por trás de goles aparentemente inofensivos, pode estar se escondendo um risco silencioso à saúde do seu cérebro. Essa é a mensagem contundente do neurocientista Robert W.B. Love, que tem chamado atenção para a ligação entre o consumo frequente de certas bebidas e o aumento do risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Segundo ele, o que vai ao copo não fica apenas no estômago — impacta diretamente o cérebro.
Bebidas doces: o açúcar como ameaça cognitiva
Refrigerantes, sucos industrializados e até os populares chás adoçados podem parecer inofensivos no dia a dia, mas escondem armadilhas perigosas.
O vilão? O açúcar. Love explica que o consumo excessivo desse ingrediente está associado à resistência à insulina, obesidade e inflamação crônica — condições que, em conjunto, prejudicam seriamente a função cerebral.
Estudos recentes reforçam o alerta: o excesso dessas bebidas pode aumentar significativamente o risco de demência em longo prazo.
Diet não significa saudável
E se a escolha for pelo refrigerante diet? Ainda não é hora de comemorar. O neurocientista faz um alerta específico sobre o aspartame, adoçante comum nessas versões “sem açúcar”.

Ele afirma que essa substância pode elevar o risco de diabetes tipo 2 — uma condição que, por sua vez, é considerada um fator de risco importante para o Alzheimer. Ou seja, a tentativa de trocar o açúcar por um “substituto mais leve” pode acabar sendo uma cilada.
Álcool: prazer momentâneo, prejuízo duradouro
O álcool também entra na lista dos inimigos da mente. Love explica que o consumo exagerado pode afetar diretamente o córtex pré-frontal, região do cérebro ligada ao raciocínio, tomada de decisões e controle emocional.
Além disso, tanto o álcool quanto os refrigerantes diets afetam negativamente a saúde intestinal — o que, segundo ele, repercute diretamente no cérebro: “O que é ruim para as bactérias intestinais é ruim para o cérebro”, afirma.
Bebidas esportivas: nem tudo que brilha é hidratação
Frequentemente associadas a saúde e bem-estar, as bebidas esportivas podem ser um cavalo de Troia. Muitas delas contêm altas doses de açúcar, o que contribui, silenciosamente, para o declínio cognitivo ao longo do tempo.
Como proteger o cérebro?
A boa notícia é que há alternativas simples e eficazes. O neurocientista recomenda substituir essas bebidas por água, chás naturais ou sucos caseiros sem adição de açúcar. Pequenas escolhas conscientes hoje podem resultar em grandes benefícios para a saúde mental amanhã.
No fim das contas, a saúde cerebral pode começar por um simples gesto: pensar antes de beber.
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Estudos recentes indicam que a meditação aumenta a massa cinzenta do cérebro, especialmente em áreas relacionadas à aprendizagem, memória, regulação emocional. A prática pode ser a chave para melhorar a função cognitiva, atenção, memória, humor e reduzir níveis de estresse. Afinal, o que meditação é capaz de fazer com o seu cérebro?