O sintoma de depressão que costuma passar despercebido
Conhecer a anedonia é essencial para identificar corretamente quadros depressivos e iniciar um tratamento mais eficaz
Quando se fala em depressão, é comum pensar em tristeza profunda, pensamentos negativos, culpa, ansiedade ou isolamento social. No entanto, há um sintoma que costuma passar despercebido, apesar de ser extremamente relevante: a anedonia. Essa condição afeta aproximadamente 75% das pessoas diagnosticadas com depressão, sendo um sinal importante, mas frequentemente negligenciado.

O que é anedonia?
O termo “anedonia” vem do grego e significa “sem prazer”. Ele descreve a perda da capacidade de sentir prazer em atividades que antes eram fonte de satisfação e alegria. Muitas vezes, é o próprio indivíduo que percebe essa mudança, ao notar que deixou de se interessar por hobbies, encontros sociais ou mesmo por momentos simples do cotidiano.
Mais do que depressão
Embora esteja fortemente associada à depressão, a anedonia não é exclusiva dessa condição. Ela também pode se manifestar em outros transtornos mentais, como a esquizofrenia e os transtornos de ansiedade. Por isso, reconhecer esse sintoma é essencial para um diagnóstico correto e para a escolha de um tratamento adequado.

Efeitos sobre o dia a dia
A anedonia não se resume apenas à ausência de prazer. Ela geralmente vem acompanhada de uma queda significativa na motivação, o que pode dificultar até mesmo atividades básicas. Em quadros mais severos, pode evoluir para uma apatia profunda, em que a pessoa perde o interesse pela vida e se isola completamente.
Para que esse sintoma seja considerado um dos critérios para o diagnóstico da depressão, ele deve estar presente de forma contínua por, no mínimo, duas semanas — mesmo que a tristeza não seja evidente.

Tratamento e desafios
Um dos maiores obstáculos no tratamento da anedonia é justamente a sua natureza: a falta de motivação torna difícil manter o paciente engajado em terapias. Ainda assim, estudos têm buscado novas formas de tratamento mais eficazes. Identificar o sintoma e buscar ajuda profissional é um passo essencial para a recuperação.