OMS atualiza lista das bactérias que mais ameaçam a nossa saúde
A resistência antimicrobiana ocorre quando as bactérias evoluem e deixam de responder aos medicamentos, tornando as infecções mais difíceis de tratar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou sua lista de bactérias que representam as maiores ameaças à saúde humana devido à resistência aos antibióticos. Esta atualização, que segue a primeira lista publicada em 2017, classifica 15 bactérias em três categorias de prioridade: média, alta e crítica.
Destacam-se na categoria crítica patógenos como Acinetobacter baumannii e Mycobacterium tuberculosis, conhecidos por sua robusta capacidade de resistir aos tratamentos tradicionais.
Por que a resistência antimicrobiana é uma grave preocupação global?
A resistência antimicrobiana ocorre quando as bactérias evoluem e deixam de responder aos medicamentos, tornando as infecções mais difíceis de tratar e aumentando o risco de doença, prolongamento de doenças, e morte.
Segundo a OMS, este fenômeno é responsável por cerca de 1,27 milhão de mortes diretas anualmente, com um impacto adicional significativo na mortalidade global. É um desafio que compromete não apenas a saúde, mas também a economia e a segurança global, tornando urgente a necessidade de novos medicamentos e abordagens terapêuticas.
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Qual a influência da pandemia de Covid-19 na resistência antimicrobiana?
Durante o ápice da pandemia de COVID-19, observou-se um aumento preocupante no uso de antibióticos em pacientes hospitalizados. Apesar de apenas 8% dos pacientes hospitalizados com COVID-19 terem infecções bacterianas que requeriam uso de antibióticos, estes foram administrados em 75% dos casos.
Este uso excessivo e muitas vezes desnecessário de antibióticos perpetua o problema da resistência antimicrobiana, destacando a urgência de políticas mais rígidas no uso desses medicamentos.
Como enfrentar o aumento da resistência aos antibióticos?
- Desenvolvimento de novos antibióticos e terapias alternativas.
- Educação contínua em saúde para uso apropriado de antibióticos.
- Implementação de políticas de controle mais estritas no uso de antimicrobianos, principalmente em hospitais.
- Investigação e apoio a programas de saúde pública para controle e prevenção.