OMS destaca 7 fatores que podem provocar novas pandemias

Agentes patogênicos são microrganismos capazes de desencadear surtos e até mesmo pandemias no futuro

07/02/2025 21:00

Agentes patogênicos são microrganismos capazes de desencadear surtos e até mesmo pandemias no futuro – Dr_Microbe/istock
Agentes patogênicos são microrganismos capazes de desencadear surtos e até mesmo pandemias no futuro – Dr_Microbe/istock - Dr_Microbe/istock

Após dois anos marcados pela pandemia de covid-19, que resultou na morte de mais de 15 milhões de pessoas ao redor do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início a um amplo processo científico para revisar e atualizar a lista de patógenos prioritários.

Esses agentes patogênicos são microrganismos capazes de desencadear surtos e até mesmo pandemias no futuro, representando uma ameaça significativa à saúde global.

Para esse trabalho, a OMS reuniu cerca de 300 cientistas especializados, que analisaram dados referentes a mais de 25 famílias de vírus e bactérias potencialmente perigosos.

Durante o estudo, foi incluída na lista uma enigmática “Doença X”, termo utilizado para designar um patógeno ainda desconhecido, de origem animal, que poderia desencadear uma epidemia de proporções internacionais entre humanos.

Embora alguns especialistas tenham relacionado a “Doença X” à pandemia de covid-19, a OMS nunca confirmou oficialmente essa associação.

Além dessa misteriosa ameaça, a lista inclui enfermidades como covid-19, febre hemorrágica da Crimeia-Congo, doenças causadas pelos vírus Ebola e Marburg, febre de Lassa, síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), síndrome respiratória aguda grave (SARS), vírus Nipah e henipavírus, febre do Vale do Rift e Zika.

Conheça alguns dos patógenos identificados:

Febre do Vale do Rift

Identificado pela primeira vez no Quênia, em 1931, esse vírus acomete principalmente animais, mas também pode afetar humanos. Os infectados podem apresentar desde complicações oculares e meningoencefalite até quadros graves de febre hemorrágica.

Vírus Marburg

Com sintomas semelhantes aos do ebola, essa infecção causa febre hemorrágica severa. Os surtos mais recentes ocorreram em países africanos, onde a doença continua sendo uma preocupação sanitária.

Vírus Nipah

Transmitido por morcegos, o vírus Nipah pode provocar desde síndromes respiratórias agudas até inflamações no cérebro. Ainda não há vacina ou cura para essa doença, apenas tratamentos paliativos. Inicialmente identificado na Malásia, o vírus tem despertado alertas recentes na Índia.

Febre hemorrágica da Crimeia-Congo

Presente em regiões da África, Oriente Médio e Ásia, essa infecção viral tem uma taxa de mortalidade que pode chegar a 40%. O vírus causa febre hemorrágica severa, representando um grande risco sanitário em áreas endêmicas.

Zika

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus zika ganhou notoriedade por sua associação com casos de microcefalia em bebês. A doença ainda tem forte incidência na América Latina, especialmente no Brasil.

Febre de Lassa

Altamente letal e presente em várias regiões da África, essa infecção viral pode comprometer órgãos e vasos sanguíneos. A transmissão ocorre por meio do contato com excrementos do rato comum africano.

Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS)

Detectada pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012, essa doença respiratória causa febre e tosse severas. O contágio se dá pelo contato próximo com indivíduos infectados, bem como pela inalação de gotículas expelidas em espirros e tosses.

Importância da OMS na prevenção de novas pandemias 

A constante atualização da lista de patógenos prioritários pela OMS ressalta a importância da vigilância epidemiológica global e da preparação para possíveis emergências sanitárias.

O avanço na pesquisa dessas doenças pode ser decisivo para prevenir futuras pandemias e minimizar seus impactos na saúde pública mundial.

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