Onda de calor chega forte: estes são os principais cuidados com a saúde que você deve ter

Embora oficialmente ainda estejamos na estação do inverno, o calor já começa a nos dar uma prévia do que está por vir. Para aqueles que estão contando com um período invernal mais longo, as notícias não são tão animadoras. Nas próximas duas semanas, as temperaturas deverão disparar e alcançar níveis alarmantes em todo o Brasil. Prevê-se uma onda de calor que pode atingir as cinco regiões do país, sendo esta possivelmente a mais alta registrada para o mês de setembro.

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Entre os estados que terão que lidar com as altas temperaturas estão Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão. Nestes locais, as temperaturas deverão chegar aos 40ºC. Evidentemente, o calor extremo representa um risco real à saúde.

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Como o calor intenso afeta nossa saúde?

Não é nenhum segredo que o calor pode ser perigoso para a saúde. A revista científica Lancet, por exemplo, dedicou recentemente uma série de estudos ao assunto, alegando que as altas temperaturas são um dos maiores problemas de saúde pública da década. O excesso de calor pode desencadear cinco mecanismos fisiológicos potencialmente fatais no corpo: isquemia, citotoxicidade, inflamação, formação de trombos que podem danificar órgãos e rabdomiólise.

Quais órgãos sofrem mais com o calor?

O calor excessivo pode afetar negativamente sete órgãos: cérebro, coração, intestino, fígado, rins, pulmões e pâncreas. Isto ocorre porque, quando o corpo é aquecido, o hipotálamo ativa uma resposta cardiovascular que dilata os vasos sanguíneos e redireciona o sangue para a pele, onde o calor é dissipado para o ambiente. Entretanto, isso pode comprometer a irrigação sanguínea de outros órgãos vitais, liberando moléculas tóxicas no organismo devido à baixa oxigenação.

Como as ondas de calor podem ser fatais?

Além da desidratação causada pela transpiração excessiva, que pode deixar o sangue mais viscoso, afetando órgãos como os rins e o coração, o calor extremo também causa um tipo de confusão no funcionamento do corpo. Isso se deve à falta de oxigenação suficiente, que causa falha na coordenação dos comandos do organismo pelo cérebro.

Em caso de temperaturas acima do tolerável, como 39ºC e 40ºC, as enzimas vitais para o metabolismo sofrem uma abrupta redução em sua atividade, impactando reações químicas fundamentais para a vida. Além disso, o calor intenso, aliado à alta umidade, dificulta a regulação da temperatura do corpo, podendo levar a desmaios e, nos casos mais sérios, a um choque térmico letal.