Os 5 tipos de câncer mais comuns derivados do alto consumo de álcool
Substância encontrada no álcool pode danificar o DNA das células, dificultando sua capacidade de reparação e, levando à formação de células cancerígenas
A relação entre o consumo de álcool e o câncer tem se tornado uma preocupação crescente entre especialistas em saúde e pesquisadores. De acordo com o Cancer FactFinder, um portal da Escola de Saúde Pública de Harvard, o consumo de álcool é amplamente reconhecido como um dos maiores vilões na causa de diversos tipos de câncer.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica o álcool como um cancerígeno do Grupo 1, ou seja, comprovadamente cancerígeno para humanos.
Como o álcool contribui para o câncer
O álcool, ao ser metabolizado pelo fígado, transforma-se em uma substância química chamada acetaldeído, que é altamente tóxica e reconhecida por seu potencial cancerígeno. Essa substância pode danificar o DNA das células, dificultando sua capacidade de reparação e, em alguns casos, levando à formação de células cancerosas.
Além disso, o processo de metabolização do álcool gera radicais livres, moléculas instáveis que causam danos adicionais às células, contribuindo para o estresse oxidativo. Este processo pode alterar o DNA e outros componentes celulares vitais, aumentando ainda mais o risco de câncer.
Outro fator importante é o aumento dos níveis de estrogênio no organismo causado pelo consumo excessivo de álcool. O estrogênio é um hormônio que, em altos níveis, pode estimular o crescimento de células cancerosas, especialmente nos tecidos mamários, elevando o risco de câncer de mama.
Tipos de câncer associados ao consumo de álcool
O impacto do álcool na saúde vai além dos danos ao DNA. Pesquisas revelam que pessoas que consomem álcool de forma moderada a intensa estão sob maior risco de desenvolver vários tipos de câncer:
- Cabeça e pescoço: O risco de câncer na cavidade oral, faringe (garganta) e laringe é significativamente maior em bebedores moderados e pesados, com chances até cinco vezes maiores em comparação a não bebedores, segundo o National Cancer Institute dos EUA.
- Esôfago: O risco de câncer de esôfago aumenta consideravelmente, chegando a ser quase cinco vezes maior em bebedores pesados.
- Fígado: O consumo excessivo de álcool está relacionado a um risco duas vezes maior de desenvolver câncer de fígado.
- Mama: Mulheres que consomem álcool, mesmo em quantidades moderadas, apresentam um risco até 1,6 vezes maior de desenvolver câncer de mama.
- Colorretal: O álcool pode causar inflamação e danos ao revestimento intestinal, o que pode resultar em um risco 1,5 vezes maior de câncer colorretal em bebedores frequentes.