Os cânceres silenciosos - iStock/Md Babul Hosen

Determinados tipos de câncer são considerados “silenciosos” porque, nas fases iniciais, não apresentam sintomas perceptíveis ou específicos. Durante esse estágio, a doença pode progredir de forma imperceptível, sem sinais claros que despertem preocupação imediata.

Fatores que contribuem para o câncer silencioso

A localização do tumor é um dos fatores principais. Cânceres que se desenvolvem em órgãos internos ou em áreas de difícil acesso podem crescer significativamente antes de manifestar sintomas evidentes. Além disso, a ausência de nervos sensíveis à dor em certos órgãos permite que o câncer se desenvolva sem causar desconforto até atingir um estágio avançado.

Outro fator crucial é o crescimento lento. Alguns cânceres se desenvolvem de maneira tão gradual que, mesmo ao atingir um tamanho considerável, ainda podem não causar sintomas alarmantes. Quando esses sintomas finalmente aparecem, como fadiga, perda de peso ou falta de apetite, eles são frequentemente atribuídos a outras condições de saúde.

Tipos comuns de câncer silencioso

Câncer de Esôfago: Esse tipo é mais comum em pessoas com histórico de refluxo gastroesofágico crônico e é notoriamente difícil de detectar precocemente. Os sintomas iniciais incluem dificuldade persistente para engolir, sensação de que a comida fica presa no peito ou garganta, dor ou queimação no peito, perda de peso inexplicada e rouquidão.
Câncer de Pâncreas: Representando cerca de 2% dos diagnósticos no Brasil, o câncer de pâncreas é conhecido por ser silencioso e altamente agressivo. Seus primeiros sintomas, como dor abdominal persistente, perda de peso inexplicada, icterícia e urina escura, são frequentemente confundidos com outras condições menos graves.
Câncer de Ovário: Com sintomas iniciais discretos, como dor pélvica persistente, inchaço abdominal e mudanças no hábito intestinal, o câncer de ovário é difícil de detectar precocemente devido à sua localização anatômica.

A detecção precoce desses cânceres é crucial, pois aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento. Consultas médicas regulares, exames de rastreamento e atenção aos sintomas, especialmente para aqueles com fatores de risco, são essenciais para identificar a doença em estágios iniciais.