Oxford revela 7 fatores de risco de demência que você pode controlar

A demência pode ser prevenida com mudanças no estilo de vida; conheça os fatores modificáveis que ajudam a reduzir o risco da doença

04/01/2025 21:05

A crescente incidência de casos de demência tem gerado grande preocupação na Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê um aumento superior a 150% nas ocorrências dessa condição até 2050.

Novas descobertas sobre a prevenção de demência
Novas descobertas sobre a prevenção de demência - iStock/nopparit

Com o envelhecimento da população, o número de diagnósticos de declínio cognitivo, especialmente relacionados à doença de Alzheimer, vem se tornando uma questão de saúde pública. Mas será que é possível evitar esse futuro? A resposta pode estar na forma como vivemos no dia a dia.

Como o estilo de vida pode ajudar a prevenir demência?

Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, investigaram os principais fatores de risco para o desenvolvimento da demência, com foco nos hábitos que podem ser alterados.

O estudo revelou que aproximadamente 40% dos casos da doença podem ser atribuídos a fatores modificáveis.

A pesquisa foi publicada na revista científica BMJ Mental Health e analisou dados de dois estudos de longa duração, o UK Biobank e o Whitehall II Study, com 223,7 mil participantes entre 50 e 73 anos.

Mudanças no cotidiano podem reduzir o risco de demência

Os cientistas avaliaram 28 fatores conhecidos por estarem relacionados à demência e como eles influenciam o aparecimento de novos casos da doença ao longo do tempo.

Foram identificados 11 fatores que, ao longo de 14 anos, aumentam significativamente o risco de demência.

Três desses fatores – idade avançada, histórico de demência na família e ser homem – não são controláveis, mas outros são modificáveis, o que oferece a possibilidade de intervenção para minimizar os riscos.

Entre os fatores de risco modificáveis, destacam-se:

  • Falta de educação ou de estímulos cognitivos ao longo da vida;
  • Diabetes;
  • Histórico ou presença atual de sintomas depressivos;
  • Baixa classe socioeconômica;
  • Colesterol alto;
  • Viver sozinho;
  • Pressão alta.

O estudo reafirma que, embora a erradicação da demência não seja garantida apenas com a mudança desses fatores, a prevenção é uma possibilidade real, e o entendimento desses riscos pode orientar profissionais de saúde a desenvolver estratégias de intervenção eficazes.