Pé diabético: os sintomas para se atentar e como prevenir
O pé diabético é uma complicação grave, mas pode ser prevenido com cuidados diários e controle adequado da doença
A diabetes é uma doença crônica que afeta o organismo de forma sistêmica, comprometendo diferentes órgãos e funções. Quando descontrolada, pode gerar complicações graves, incluindo o pé diabético, uma condição que pode levar à perda de mobilidade e, em casos extremos, à amputação de parte do pé ou da perna.

Se não tratada rapidamente, a condição pode se agravar, tornando o tratamento mais difícil e aumentando os riscos de infecções graves.
O que é pé diabético?
O pé diabético é uma complicação que ocorre em pacientes com diabetes de longa data, especialmente aqueles com controle inadequado da doença.
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A condição está associada à neuropatia periférica diabética, que reduz a sensibilidade nos pés e aumenta o risco de feridas indolores.
Sem a percepção de dor, pequenos machucados podem passar despercebidos e evoluir para infecções sérias. Além disso, a circulação sanguínea comprometida dificulta a cicatrização e favorece a formação de ulcerações que podem levar à necrose dos tecidos.
A principal causa do pé diabético é a neuropatia periférica, uma condição que ocorre devido ao excesso prolongado de glicose no sangue, danificando os nervos dos membros inferiores. A redução da sensibilidade nos pés faz com que pequenos ferimentos passem despercebidos, facilitando o agravamento do quadro.
Quais são os sintomas?
Muitas vezes, o pé diabético evolui de forma silenciosa. Pacientes podem passar semanas ou meses com uma ferida aberta sem buscar ajuda médica, já que a ausência de dor dificulta a percepção do problema.
Entretanto, alguns sinais podem indicar a presença da neuropatia e do risco aumentado de desenvolver o pé diabético. Entre eles:
- Formigamento ou dormência nos pés;
- Fraqueza nas pernas;
- Sensibilidade reduzida ao toque, frio ou calor;
- Sensação de queimação ou agulhadas nos pés;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Mudanças na coloração ou temperatura dos pés;
- Infecções frequentes na região dos pés e tornozelos.
Como prevenir o pé diabético?
A melhor forma de prevenir o pé diabético é manter o controle adequado da glicemia e adotar hábitos saudáveis no dia a dia. Algumas medidas importantes incluem:
- Manter o controle da diabetes por meio de alimentação equilibrada, atividade física regular e uso correto dos medicamentos prescritos;
- Inspecionar os pés diariamente, observando qualquer machucado, corte ou alteração na pele;
- Usar calçados confortáveis, fechados e sem costuras internas que possam causar atrito;
- Evitar andar descalço, principalmente em superfícies irregulares ou quentes;
- Cortar as unhas de forma reta e evitar retirar as cutículas;
- Manter os pés sempre limpos e secos, especialmente entre os dedos, prevenindo infecções;
- Evitar meias apertadas ou com costuras grossas, que podem prejudicar a circulação;
- Fazer consultas regulares ao médico e ao podólogo, para avaliação periódica dos pés.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a gravidade das lesões. Quando as feridas são superficiais e não apresentam infecção, medidas como limpeza diária, curativos especiais e o uso de pomadas cicatrizantes são suficientes.
Nos casos em que há infecção, pode ser necessário o uso de antibióticos por via oral ou intravenosa. Se a circulação estiver comprometida, podem ser indicadas cirurgias para restaurar o fluxo sanguíneo.
Em situações graves, quando há necrose extensa dos tecidos, pode ser necessária a amputação parcial ou total do membro afetado. Por isso, o acompanhamento médico e a prevenção são essenciais para evitar complicações severas.