Peruano luta para se recuperar de inchaço após mergulho
Aos 56 anos, a história do mergulhador peruano Alejandro Ramos ganhou repercussão em todo o mundo após um "acidente de trabalho"
Aos 56 anos, a história do mergulhador peruano Alejandro Ramos ganhou repercussão em todo o mundo após um “acidente de trabalho”. Tudo começou há quatro anos, quando ao voltar das profundezas do oceano pacífico, imediatamente, seus braços começaram a inchar.
Desde então, a vida de Alejandro mudou. Em tratamento no Centro Médico Naval, de Lima, o mergulhador luta para recuperar da má formação causada em seus braços – hoje com tamanho acima da média, chegando a 62 e 72 centímetros cada, além do crescimento protuberante do peitoral que lhe oferece uma aparência física incomum.
Sem qualquer conclusão médica, suspeita-se apenas de uma doença congênita associada ao “acidente de trabalho”. Os inchaços também podem ser vistos em seus ombros, cintura e pernas, além de um constante chiado no peito, notado durante a respiração.
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Em entrevista à BBC, o médico especializado em questões subaquáticas, Alejandro Aguardo, responsável pelo caso, acredita que o inchaço deve-se, sobretudo, a tumores de gordura gerados na pele. “Esta pode ser uma condição congênita que não havia se manifestado até o acidente”, explicou Aguado.
Saúde: o que teria causado as deformações?
Para o médico, uma das possíveis causas para o inchaço pode estar ligada a uma rápida descompressão ocorrida em 2013, quando Alejandro mergulhava para coletar mexilhões – sua fonte de renda até aquele momento.
Durante o percurso, um problema com o fornecimento de oxigênio fez com que ele emergisse 36 metros de uma vez – decisão poderia levá-lo à morte por conta do acúmulo de nitrogênio no sistema circulatório. Logo após o acidente, o homem começou a inchar em um caso considerado inédito pelos especialistas.
Sem dinheiro para arcar os custos de um tratamento mais adequado, Alejandro foi submetido a tratamentos para a inflamação e também algumas sessões em uma câmara hiperbárica, um tratamento comum para mergulhadores com síndrome de descompressão. Enquanto isso, aguarda a definição de um diagnóstico.
Principal hipótese
Em meio aos anos de tratamento, hoje os médicos trabalham com a hipótese de que os inchaços são, na verdade, tumores no tecido adiposo ou ainda uma reação do corpo ao mergulho nunca antes vista.