Pesquisa da USP revela que hormônio do crescimento pode reduzir ansiedade
Estudo revela que o hormônio do crescimento pode ter papel fundamental em novas terapias contra a ansiedade
Uma pesquisa inovadora da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o hormônio do crescimento, conhecido por estimular o desenvolvimento dos tecidos do corpo, também pode desempenhar um papel importante na regulação da ansiedade.
O estudo, publicado no renomado “The Journal of Neuroscience”, destaca a capacidade do hormônio de reduzir comportamentos ansiosos, abrindo caminho para futuras terapias ansiolíticas.
Os cientistas identificaram, pela primeira vez, uma população específica de neurônios que modulam os efeitos do hormônio em transtornos neuropsiquiátricos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.
- Estudo revela benefícios do aroma de alecrim para a memória
- Dicas incríveis para manter o seu travesseiro livre de ácaros e alergias
- Como regar plantas quando for viajar? 6 dicas que você nunca imaginou
- Saiba como competir no Tier 2 de League of Legends em 2025
Liderado pelo professor José Donato Júnior, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o estudo contou com o apoio da Fapesp e focou na remoção do receptor de hormônio do crescimento em células neuronais que expressam somatostatina, um antagonista do GH.
Estudo abre novas perspectivas para tratamentos ansiolíticos
Durante os experimentos, os pesquisadores observaram que camundongos machos, que tiveram o receptor de GH removido, apresentaram um aumento significativo em comportamentos ansiosos.
Houve uma diminuição na memória do medo em animais de ambos os sexos, sugerindo que o GH pode ter um papel importante também na regulação emocional e no controle de memórias relacionadas ao medo e ao trauma.
Essa descoberta é promissora para o desenvolvimento de novos medicamentos ansiolíticos. Entretanto, um aspecto intrigante do estudo é que camundongos fêmeas não exibiram o mesmo aumento nos comportamentos ansiosos, o que aponta para a necessidade de investigações futuras.
Os resultados foram obtidos por meio de testes bem estabelecidos, como o labirinto em cruz elevado e a caixa claro-escuro, confirmando o impacto do hormônio na ansiedade e no estresse pós-traumático.
Essa pesquisa abre portas para avanços significativos no tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos, oferecendo novas alternativas terapêuticas baseadas no hormônio do crescimento.