Pesquisa de Oxford identifica quais são os fatores de risco que podem provocar demência no futuro

Estudo de Oxford revela 13 hábitos que aumentam o risco de demência. Reduzir esses fatores pode prevenir milhares de casos da doença

20/09/2024 18:38

Redução em apenas 15% na prevalência desses hábitos já seria o suficiente para evitar milhares de casos demência, aponta pesquisa.
Redução em apenas 15% na prevalência desses hábitos já seria o suficiente para evitar milhares de casos demência, aponta pesquisa. - iSTock/Jacob Wackerhausen

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, identificou 13 hábitos que podem provocar demência. Especialistas alertam que muitos desses fatores estão relacionados a escolhas de estilo de vida que podem ser evitadas, trazendo a possibilidade de reduzir drasticamente o número de novos casos de demência.

De acordo com o estudo, uma diminuição de apenas 15% na prevalência desses hábitos seria suficiente para evitar “dezenas de milhares de casos” de demência. Por exemplo, a redução da obesidade em 15% teria evitado cerca de 182 mil casos somente no ano de 2020. Isso ressalta a importância de medidas preventivas e políticas públicas eficazes.

Fatores de risco evitáveis para a demência

Entre os principais fatores de risco que podem ser modificados, os pesquisadores destacam a obesidade, a hipertensão e a inatividade física. Esses hábitos estão fortemente associados ao desenvolvimento de demência, especialmente nos países ocidentais, como os Estados Unidos. Políticas de prevenção que visam melhorar esses aspectos podem resultar em uma queda significativa na incidência da doença.

Impacto dos hábitos na saúde mental

O estudo também analisou outros comportamentos que contribuem para o aumento dos casos de demência, incluindo o consumo excessivo de álcool, tabagismo, diabetes, depressão, isolamento social e poluição do ar. Além disso, fatores como baixa escolaridade, perda de audição e traumatismo craniano foram identificados como agravantes para o risco de desenvolver a doença. O estudo utilizou dados do relatório da comissão Lancet para embasar suas conclusões, propondo intervenções direcionadas para melhorar a saúde mental global.