Pesquisa descobre 4 linhagens inéditas do coronavírus no Brasil

Desde março, os pesquisadores da Fiocruz Amazônia sequenciaram 37 genomas do novo coronavírus.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia descobriram quatro linhagens inéditas do vírus SARS-CoV-2, o novo coronavírus, causador da covid-19, que circulou no Brasil durante o pico da pandemia.

A investigação da equipe de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, liderada por Felipe Naveca, foi feita a partir de amostras do vírus retiradas de pacientes dos municípios de 18 municípios, a maioria colhida de pacientes que tiveram covid-19 entre abril e início de junho.  A informação é do UOL.

O novo coronavírus (em rosa) infectam células humanas, que replicam material genético e morrem

As quatro novas linhagens do coronavírus são: B.1.107 – Dinamarca; B.1.111 – Colômbia; B.1.1.2 – Reino Unido; B.1.35 – Reino Unido, principalmente País de Gales.

Das 79 amostras analisadas, em 39 predominou a linhagem B.1 —mesmo tipo principal de Ceará e Minas Gerai (onde houve, na verdade, um empate de B.1. e B.1.33), segundo a reportagem do UOL.

Para Felipe Naveca, essa quantidade de linhagens confirma que o Amazonas teve múltiplas portas de entrada do vírus, algumas independentes do restante do país e que não foram descritas no Brasil, cuja a linhagem de maior prevalência é a B.1.1.33. Leia a íntegra da reportagem aqui.

Versão mutante do coronavírus

Uma mutação do novo coronavírus tem sido monitorada pelos pesquisadores que temem pelo seu potencial de se espalhar mais facilmente. A variação foi descoberta em abril e, embora seja mais transmissível, parece ser menos perigosa.

De acordo com a CNN, os pesquisadores encontraram evidências de que a nova cepa se desenvolve melhor no nariz e no trato respiratório superior, o que seria facilitaria o espalhamento do vírus entre as pessoas.