Pesquisadores descobrem que café pode proteger contra Alzheimer

Pesquisa revela que compostos do café expresso podem bloquear proteínas associadas ao Alzheimer

Por Thatyana Costa em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
25/01/2025 05:31

Estudo em laboratório descobre que café expresso pode prevenir sintomas de Alzheimer
Estudo em laboratório descobre que café expresso pode prevenir sintomas de Alzheimer - halfpoint/DepositPhotos

Cientistas estão investigando os benefícios do café expresso para prevenir a doença de Alzheimer. Segundo um estudo recente, compostos presentes na bebida podem inibir a agregação de uma proteína ligada ao início da doença. Essa descoberta inicial abre novas possibilidades para o desenvolvimento de tratamentos contra doenças neurodegenerativas.

Ação dos compostos do café na prevenção de Alzheimer

O estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália, mostrou que substâncias presentes no café expresso podem reduzir a formação de fibrilas de tau, uma proteína que se acumula no cérebro de pacientes com Alzheimer. Essa formação anormal de tau é uma das principais características da doença, e a pesquisa sugere que o café pode interferir nesse processo.

Com o uso de espectroscopia de ressonância magnética nuclear, os cientistas analisaram a composição do café expresso extraído de grãos comuns. Entre os compostos analisados estavam a cafeína, trigonelina, genisteína e teobromina, moléculas que, de acordo com os experimentos, foram eficazes em inibir a formação de fibrilas tau, diminuindo seu comprimento e, consequentemente, sua toxicidade para as células cerebrais.

Potencial terapêutico para doenças neurodegenerativas

Os pesquisadores destacaram que a cafeína e outros compostos encontrados no café têm a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, o que pode ter implicações importantes no desenvolvimento de novas terapias para o Alzheimer. Embora mais estudos sejam necessários, os resultados iniciais são promissores e podem abrir portas para novas opções de tratamento.

O impacto do Alzheimer e fatores de risco

Atualmente, a doença de Alzheimer afeta aproximadamente 55 milhões de pessoas no mundo, sendo a causa mais comum de demência. Estima-se que sete em cada dez pessoas diagnosticadas com demência sofram de Alzheimer. Embora ainda não exista cura para a doença, tratamentos disponíveis podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O envelhecimento é um dos maiores fatores de risco para Alzheimer, e sua incidência aumenta consideravelmente a partir dos 65 anos. Além disso, condições como diabetes, doenças cardíacas, pressão alta e colesterol elevado também são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Alterações no cérebro, como atrofia e inflamação, são características do Alzheimer, tornando a prevenção e o controle de fatores de risco ainda mais importantes.

 

Reduzir o risco de Alzheimer: novas estratégias eficazes

Estudos recentes indicam que adotar hábitos saudáveis pode ajudar a reduzir o risco de Alzheimer. Práticas como alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e estímulos cognitivos têm se mostrado eficazes na prevenção da doença. Especialistas reforçam a importância da intervenção precoce para retardar o avanço de sintomas. Clique aqui para saber mais.