‘Pílula do câncer’ vira suplemento e poderá ser importada no país

18/02/2017 19:55
Reportagem da Folha de S.Paulo, assinada por Nathália Cancian, Phillippe Watanabe e Reinaldo José Lopes.
"Pílula do câncer", que ainda não tem seus benefícios comprovados, será comercializada como suplemento
“Pílula do câncer”, que ainda não tem seus benefícios comprovados, será comercializada como suplemento - Getty Images/iStockphoto

Dois dos cientistas que pesquisavam a popularmente intitulada “pílula do câncer” (fosfoetanolamina) se separaram do grupo de investigação e vão lançar sua própria versão da substância como suplemento. Se o suplemento, que será fabricado nos Estados Unidos, for importado para ser vendido no Brasil, precisará do crivo da Anvisa, o que requer testes que comprovem suas propriedades.

De acordo com os pesquisadores, a mudança de categoria foi uma forma de acelerar seu acesso no país. Apesar de terem incorporado vitamina D, cálcio, fósforo e magnésio ao composto, eles afirmam que o produto final não sofreu alterações, referindo-se à substância desenvolvida por Gilberto Chierice, pesquisador da USP de São Carlos que encabeçou o projeto da pílula original.

Atualmente, a fórmula original está em fase de testes no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), patrocinados pelo governo federal e pelo governo paulista.

O composto que será vendido como suplemento e seu rótulo não contém informações sobre benefícios diretos para pacientes com câncer. Segundo os cientistas, a ideia da pílula é “manter o organismo em equilíbrio”.

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