Pílula do dia seguinte e as principais dúvidas sobre o assunto
Texto escrito por Marcela De Mingo, do Superela.
No Clube Superela, são muitas as mulheres que têm dúvidas sobre a pílula do dia seguinte. Também, pudera: esse é um medicamento que é visto como um salva-vidas em casos de ‘acidentes de percurso’ durante o sexo, como quando a camisinha estoura ou você pulou alguns dias do anticoncepcional e não usou nenhum outro método contraceptivo na hora H.
Por isso, nós percebemos que seria importantíssimo responder as principais perguntas que você (e toda mulher) possa ter sobre esse método emergencial. Antes de mais nada, no entanto, é importante começarmos lembrando sempre da importância de você consultar uma ginecologista de tempos em tempos e ter mente que a contracepção não é uma obrigação apenas feminina, mas também do homem, já que além de evitar uma gravidez surpresa, a camisinha é a forma mais efetiva de evitar a transmissão de doenças.
Como funciona a pílula do dia seguinte?
Segundo a nossa Super Profissional Melissa Setubal, que trabalha com saúde integrativa da mulher e é especializada em métodos contraceptivos, a PDS (como também é chamada) oferece ao organismo uma taxa alta de hormônios sexuais, que atuam de algumas maneiras: a primeira é evitando a ovulação, caso a mulher esteja próxima desse momento do mês; em segundo lugar, ela compromete o endométrio, o revestimento do útero onde o óvulo fecundado fica para se desenvolver, se a ovulação já estiverem curso.
Ou seja, a pílula do dia seguinte adianta o processo de menstruação para evitar a fixação do óvulo no endométrio. “A ideia da pílula do dia seguinte é passar na frente do processo de fecundação ou de implantação de um óvulo fecundado para evitar que uma gravidez aconteça”, diz ela.
Melissa explica também que é importante prestar atenção na forma de uso desse medicamento justamente por conta disso. “Quanto mais cedo a mulher toma a primeira dosagem [a pílula é dividida em dois comprimidos que devem ser tomados com 12 horas de espaço entre uma dose e outra], maior a probabilidade de impedir essa ovulação e/ou a implantação de um óvulo fecundado no endométrio. A recomendação é tomar até três dias depois da relação, mas a eficácia diminuiu de acordo com a quantidade de horas posteriores ao uso”, explica.
Tomada logo no primeiro dia após a relação, a eficácia da pílula é de até 95% por cento, por isso é tão importante que ela seja ministrada o mais rápido possível, para que esse número não diminua conforme a passagem do tempo.
Posso tomar a PDS sendo que já tomo a pílula anticoncepcional?
Segundo Denise Grizante, ginecologista e obstetra, a mulher que já toma uma pílula não precisa investir em um medicamento tão forte como uma PDS no caso de algum acidente durante o sexo. O objetivo do anticoncepcional é, justamente, evitar uma gravidez fora de hora, então não existe a necessidade de você tomar mais um medicamento com a mesma função. Pense que todas essas pílulas jogam hormônios na corrente sanguínea e isso pode afetar muito o funcionamento do seu corpo.
É recomendado que a mulher que já toma a pílula use a pílula do dia seguinte apenas no caso de não seguir corretamente o uso da primeira: ou seja, se você ficou muitos dias no mês sem tomar o anticoncepcional. Nesse caso, pode ser que o medicamento que você toma diariamente não tenha o efeito esperado e uma medida de segurança seja necessária.
Tomei a PDS e no mês seguinte a minha menstruação atrasou, é normal?
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