Por que, segundo a ciência, a poluição pode afetar o seu cérebro?
Segundo pesquisa, homens são mais suscetíveis às consequências da má qualidade do ar
Respirar ar poluído não apenas afeta nossos pulmões, mas também pode prejudicar nosso cérebro, revela uma nova pesquisa. Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que a exposição prolongada a partículas finas e gases tóxicos como dióxido de enxofre e nitrogênio está ligada ao declínio cognitivo com o envelhecimento.
Os cientistas ainda investigam como esses poluentes afetam o cérebro, mas há indícios de que danificam a substância branca, fundamental para a linguagem.
Homens, que possuem menos substância branca que mulheres, podem estar mais vulneráveis. Xin Zhang, pesquisador líder do estudo, destaca a necessidade de mais investigações para entender os mecanismos exatos.
- Trancoso: saiba como o clima define a experiência de viagem e escolha consciente
- Ibis oferece 3º hóspede grátis em hotéis de todo o Brasil
- Por que, segundo especialistas, esta bebida ajuda a prevenir o Parkinson
- Alimento responsável por 6 mortes por hora no Brasil
Jonathan Samet, especialista em saúde pública, ressalta que a pesquisa sobre os efeitos da poluição no cérebro é recente, e os pulmões, por sua vasta área de contato, são a principal via de entrada para essas partículas.
Relação entre poluição e o cérebro
Ele e outros especialistas especulam que a inflamação gerada pelos poluentes pode ser uma das causas do dano cerebral.
Além do cérebro e pulmões, poluentes também afetam o coração e podem agravar doenças como diabetes. Dan Costa, toxicologista, explica que a poluição do ar impacta o corpo de forma sistêmica, já que tudo está interligado.
Evidências indicam ainda que os poluentes podem alcançar o cérebro via corrente sanguínea, onde desencadeiam inflamação e aceleram o envelhecimento.
De acordo com os especialistas, a compreensão desses impactos é mais clara agora, já que as pessoas vivem mais e estão expostas a esses poluentes por períodos mais longos. No entanto, combater essa poluição exigirá mudanças estruturais, como transporte público mais eficiente e um melhor planejamento urbano.