Por que a musculação ajuda a combater o diabetes?

Exercícios físicos de resistência estimulam ajudam na regulação eficaz de açúcar no sangue

11/05/2024 19:01

Musculação é fundamental para a prevenção do diabetes. Entenda os motivos – iStock/Getty Images
Musculação é fundamental para a prevenção do diabetes. Entenda os motivos – iStock/Getty Images - iSTock

Tema de inúmeras pesquisas sobre saúde, a relação entre a prática de musculação e seus benefícios para a prevenção de doenças como o diabetes chama a atenção de especialistas. Um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriu, por exemplo, que a prática de exercícios é fundamental para melhorar o processo de secreção de insulina no organismo.

Publicada no Journal of Endocrinology, a pesquisa trouxe uma esperança para muitos diabéticos que buscam uma maneira de controlar a doença. Segundo os resultados obtidos no experimento, a musculação impacta positivamente no combate ao diabetes, uma vez que a insulina, hormônio responsável por auxiliar as células a absorverem o açúcar no sangue, é crucial para manter os níveis de glicose saudáveis.

Além disso, exercícios físicos de resistência estimulam a produção natural deste hormônio, resultando assim, em uma regulação eficaz de açúcar no sangue. De acordo com especialistas, este fenômeno ocorre por conta das miocinas, moléculas liberadas durante os exercícios de musculação, que melhoram a comunicação entre os músculos e os órgão do corpo humano. São as miocinas responsáveis por impactar diretamente beta pancreáticas, o que influencia na função e secreção da insulina.

Impacto da musculação na prevenção ao diabetes

Segundo o endocrinologista, William Hafemann Viana, a musculação não apenas fortalece os músculos, mas também a saúde metabólica. Por isso, com orientação adequada de profissionais de saúde, a prática pode compor um plano eficiente para controle e prevenção da diabetes.

Caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue, o diabetes pode afetar vários órgãos, como olhos, rins, nervos e coração. Geralmente, os maiores incômodos  associados à doença estão a constante sensação de sede, urina excessiva, coceira no corpo, entre outros sintomas.

O diagnóstico geralmente é feito através de exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum. Independente do tipo de diabetes, o tratamento é baseado no controle dos níveis de glicose, seja através de um estilo de vida saudável ou com medicação adequada.

Os principais tipos de diabetes são tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina; o tipo 2, que ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio; e a diabetes gestacional, que acomete grávidas com histórico familiar da doença. Contudo, outras formas raras de diabetes também podem se desenvolver devido a doenças do pâncreas, defeito genético ou uso de medicamentos.