Por que a obesidade tem efeitos semelhantes ao Alzheimer?
Estudo liderado por cientistas canadenses encontrou possível relação entre obesidade e Alzheimer
A ciência investiga inúmeras evidências sobre os impactos da obesidade no corpo e sua relação com doenças cardíacas, sanguíneas e, surpreendentemente, o risco associado ao Alzheimer.
É o que descobriu estudo conduzido por cientistas da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, ao promover uma verdadeira varredura cerebral em mais de 1.300 pessoas, com o objetivo de entender os padrões de encolhimento do cérebro em pessoas obesas e também diagnosticadas com Alzheimer.
Para entender e possível relação, os especialistas levaram em conta aspectos como os danos aos vasos sanguíneos do cérebro e acúmulo de proteínas anormais.
- O hábito simples que pode ser um escudo contra a demência
- Parente com demência? Estes são os principais sinais aos quais se atentar
- Climatério: conheça os 6 sintomas mais comuns e como aliviá-los
- Ingrediente encontrado em ultraprocessados aumenta risco de depressão
Qual a relação?
Ao final do período de observação, o relatório, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, identificou um afinamento cerebral semelhante em regiões envolvidas no aprendizado, memória e julgamento tanto em pessoas obesas como aquelas diagnosticadas com Alzheimer.
Foram avaliados exames cerebrais de 341 pacientes com Alzheimer e 341 indivíduos obesos com IMC de 30 ou mais, juntamente com exames de 682 indivíduos saudáveis.
A diretora do Instituto de Nutrição Humana do Columbia Irving Medical Center, e pesquisadora de metabolismo Sabrina Diano, comentou sobre os ganhos observados na pesquisa. “Sabemos que se você pegar um camundongo com predisposição genética para desenvolver a doença de Alzheimer e colocá-lo em uma dieta rica em carboidratos e gordura – semelhante à dieta ocidental – você pode induzir aumentos no peso corporal do animal e, à medida que eles ganho de peso comprometimento cognitivo e a degeneração do cérebro é acelerada”, explicou.