Por que este tipo sanguíneo está ligado a risco de AVC precoce?

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29/09/2024 16:31

Entenda por que, segundo a ciência, tipo específico de sangue está associado a maior risco de AVC – Marcus Chung/istock
Entenda por que, segundo a ciência, tipo específico de sangue está associado a maior risco de AVC – Marcus Chung/istock - Marcus Chung/istock

Existe um tipo sanguíneo associado a um maior de AVC antes dos 60 anos, conforme aponta pesquisa conduzida por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. 

Publicado no periódico científico Neurology, o experimento incluiu todos os dados disponíveis de estudos genéticos com foco em acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, que são causados ​​por um bloqueio do fluxo sanguíneo para o cérebro, ocorrendo em adultos mais jovens com menos de 60 anos. 

A análise apontou que pessoas que tiveram AVC precoce eram mais propensas a ter o tipo sanguíneo A e menos propensas a ter o ‘O’ (o tipo sanguíneo mais comum) em comparação com pessoas com AVC tardio e pessoas que nunca tiveram um AVC.

O que explica a relação? 

O risco do tipo sanguíneo A era 16% maior do que pessoas com outras amostras. Enquanto isso, aqueles que tinham sangue tipo O tiveram um risco 12% menor de ter um derrame do que pessoas com outros tipos sanguíneos.

Apesar dos resultados, os pesquisadores enfatizaram que o risco aumentado foi muito modesto e que aqueles com sangue tipo A não devem se preocupar em ter um AVC de início precoce ou se envolver em exames extras com base nessa descoberta.

“Ainda não sabemos por que o tipo sanguíneo A confere um risco maior, mas provavelmente tem algo a ver com fatores de coagulação do sangue, como plaquetas e células que revestem os vasos sanguíneos, bem como outras proteínas circulantes, que desempenham um papel importante no desenvolvimento de coágulos sanguíneos”, disse o professor de neurologia e co-investigador principal do estudo Steven J. Kittner.

Estudos anteriores sugerem que aqueles com um tipo sanguíneo A têm um risco ligeiramente maior de desenvolver coágulos sanguíneos nas pernas, conhecidos como trombose venosa profunda. “Claramente precisamos de mais estudos de acompanhamento para esclarecer os mecanismos do aumento do risco de acidente vascular cerebral”, acrescentou.