Por que ficar tempo demais na cama pode ser prejudicial à saúde?

Estudo realizado no Reino Unido submeteu 934 voluntários a experimento revelador; entenda

Estudo revela por que ficar na cama pode ser prejudicial à saúde – iStock/Getty Images
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Estudo revela por que ficar na cama pode ser prejudicial à saúde – iStock/Getty Images

Ficar um tempo a mais na cama durante os dias de descanso é sempre uma oportunidade tentadora, mas também pode resultar em prejuízos à saúde. É o que mostra estudo realizado por pesquisadores da universidade King’s College, em Londres. 

O experimento, divulgado pelo European Journal of Nutrition, revela que experimentar alterações no relógio biológico contribui para o surgimento de inflamações no intestino.

Por que ficar na cama prejudica a saúde?

Para os especialistas, isso acontece porque o tempo extra de descanso, quando combinado a outros hábitos ruins, provoca mudanças na microbiota intestinal, já associadas a doenças graves como o câncer e o Alzheimer.

A nutricionista e uma das autoras da pesquisa realizada pelo King’s College, Wendy Hall, afirmou que acordar 1h30 mais tarde do que o habitual já pode ser prejudicial ao corpo humano. 

Encomendado pela empresa ZOE Predict, o estudo submeteu 934 pessoas a um acompanhamento nutricional e de saúde. Durante o experimento, foram analisadas amostras de sangue e de fezes; o resultado final revelou que, aqueles que dormiam 90 minutos a mais aos finais de semana, já apresentavam prejuízos à saúde, especialmente entre os que costumam estar em “jet lag social”.

Jet lag social 

“Jet lag social” é o termo que define um comportamento comum nos fins de semana, caracterizado pela ingestão de alimentos ultraprocessados, açucarados e calóricos, bem como pelo consumo de álcool. De acordo com eles, adicionar sono extra à equação resulta em um aumento de três das seis espécies mais prejudiciais de bactérias intestinais.

A maioria dos participantes em “jet lag social” eram homens jovens. As autoras acreditam que cerca de 40% da população possui hábitos semelhantes, dormindo pelo menos uma hora a mais por dia nos fins de semana.

Este é o primeiro estudo a mostrar que mesmo pequenas diferenças nos horários de sono podem aumentar a proporção de bactérias intestinais prejudiciais.