Posso tomar a vacina contra a dengue fora do SUS? Veja quanto custa

Saiba tudo sobre a Qdenga, nova vacina contra a dengue, incluindo seu preço, eficácia e possíveis efeitos colaterais

19/02/2024 14:03 / Atualizado em 26/04/2024 14:27

Saiba tudo sobre a vacina contra a dengue
Saiba tudo sobre a vacina contra a dengue - iSTock

A vacinação contra a dengue já começou em pelo menos seis dos dez estados selecionados pelo Ministério da Saúde. A campanha do Sistema Único de Saúde (SUS) está imunizando crianças de 10 e 11 anos com a Qdenga, vacina recentemente lançada contra a doença.

O mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em água parada, transmite a dengue e pode trazer graves reações para os infectados. 

Diante do alarmante aumento de casos, muitos se perguntam se é possível solicitar a vacina de forma privada e se os planos de saúde fornecerão reembolso para o tratamento.

É possível tomar a vacina fora do SUS? 

A vacina contra a dengue, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda Pharma, está disponível em clínicas particulares para quem quiser comprá-la. Então, quem não deseja esperar pelo SUS, se vacinar por conta própria em rede privada pode ser uma alternativa.

Porém, é preciso ter em mente que as doses custam a partir de R$ 350, chegando até mesmo a R$ 490. Como são necessárias duas aplicações com um intervalo de três meses, o preço final pode chegar a R$ 980.

Vale destacar que é fundamental o uso consciente da vacina, sendo recomendada a orientação médica para a avaliação da necessidade do paciente.

Os planos de saúde cobrem a vacinação?

Se você está se perguntando se seu plano de saúde pode reembolsar a imunização, é importante saber que, como vacinas costumam ser fornecidas pela rede pública de saúde, não é exigido por lei que planos de saúde privados as incluam em seus benefícios.

Este é o caso, mesmo em termos da Agência Nacional de Saúde (ANS), que não define a vacinação como um dos procedimentos obrigatórios que deve ser abrangido pelos planos de saúde.

Mas, em algumas situações, as redes privadas de saúde ainda podem fornecer acesso à vacinação, apesar da não obrigação pela ANS. Portanto, é preciso analisar seu contrato para saber sobre eventuais reembolsos.

Quem pode tomar a vacina contra a dengue?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Qdenga para pessoas de 4 a 60 anos. De acordo com os estudos clínicos, as duas doses têm uma eficácia geral de 80,2% para evitar contaminações, e de 90,4% para prevenir casos graves.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) indica a imunização para todos que estão dentro do grupo etário, tanto para os que nunca tiveram a doença quanto para os infectados anteriormente.

Pessoas que têm alergia a algum dos componentes, o sistema imunológico comprometido, ou imunossuprimidos, gestantes e lactantes, não podem tomar a vacina.

Casos de dengue triplicam em 2024
Casos de dengue triplicam em 2024 - iStock/flubydust

A vacina contra a dengue tem efeitos colaterais?

Os estudos clínicos mostraram que pode haver efeitos colaterais após tomar a Qdenga. As reações registradas duraram de um a três dias e foram menos frequentes após a segunda dose.

Os efeitos, classificados de gravidade leve a moderada, não tornam o imunizante contraindicado se aplicado no público correto.

Dentro de dois dias após a injeção, as pessoas imunizadas podem ter dor no local da injeção, dor de cabeça e muscular, além de mal-estar e febre.

Estratégia de vacinação no Brasil

No Brasil, a vacinação, coordenada pelo Ministério da Saúde, vai alcançar 521 municípios. A princípio, a prioridade são as crianças e os adolescentes de 10 a 14 anos.

Essa faixa etária é a que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois das pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não está liberada pela Anvisa.

As cidades específicas que receberam as doses são as de grande porte, com alta transmissão nos últimos dez anos, e com população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, também levando em conta altas taxas nos últimos meses.