Principal meio de contaminação por HPV é o contato direto
Muito conhecida por urologistas e ginecologistas, a infecção por HPV se dá na maioria das vezes por meio do contato direto com verrugas do parceiro sexual. Os índices chegam aos incríveis 65%, de acordo com o urologista e especialista em saúde masculina e fertilidade, Guilherme Leme. E se você é do tipo disperso, vale um outro alerta. A contaminação é possível até mesmo por meio de contato não direto com o compartilhamento de toalhas e roupas ou em banheiros e vestiários.
O que todo homem ou mulher com vida sexual ativa precisa se conscientizar, segundo o especialista, é que está sujeito a albergar essas partículas virais no organismo, por isso, é importante entender melhor as formas de transmissão e prevenção, já que dependendo do tipo do vírus é possível a evolução para câncer na região genital ou ânus.
“Evitar a presença do HPV no homem é uma ferramenta de proteção à saúde também da parceira. Dessa forma, é obrigatório incluir na rotina de investigação clínica de todos os homens o exame físico detalhado que busca sinais desse problema”, alerta Leme.
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O contágio por se dá basicamente pelo contato cutâneo com uma pessoa portadora do vírus. Na grande maioria das vezes, esse contato ocorre durante o ato sexual. No entanto, diferentemente de muitas outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), não é necessário penetração ou contato de secreções corporais (como sêmen ou secreção vaginal) com mucosas.
Pessoas portadoras de verrugas genitais têm muito mais chance de serem contaminantes. O contato com verrugas visíveis leva a contágio do parceiro em até 65% das ocasiões. O que quer dizer que o contato com as verrugas deve ser fortemente evitado. A camisinha é o método mais eficaz de se proteger.
O diagnóstico preciso do HPV envolve identificação de fragmentos do vírus a partir de técnicas moleculares, como, por exemplo, a Captura Híbrida. Esse exame é simples e indolor e deverá ser realizado nas situações em que haja lesões suspeitas como as verrugas, ou lesões subclínicas, que são identificadas durante o exame físico combinado com a peniscopia. Biópsias das lesões, também, podem concluir o diagnóstico com precisão. Porém são ferramentas um pouco mais invasivas e demandam uso de anestesia local e uso subsequente de curativos.
A inclusão da vacina nos meninos na adolescência é mais uma aliada para o controle do vírus, defende o urologista.
“É muito importante que ambas as doses sejam utilizadas, para se atingir a eficácia protetora completa. Dessa forma, os jovens estarão protegidos dos tipos mais perigosos de HPV, além de se reduzir o potencial de circulação do vírus”.