Produto químico comum na cozinha quadruplica risco de câncer de fígado

Substância é comumente usada em panelas antiaderentes, mas também pode ser encontrada em embalagens e outros produtos

Um novo estudo da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que a exposição a um produto químico presente em muitos utensílios domésticos e em embalagens de alimentos pode aumentar significativamente o risco de câncer de fígado.

Conhecido como sulfonato de perfluorooctano (PFOS), esse químico faz parte de produtos artificiais chamados substâncias per e polifluoroalquil (PFAS) e é utilizado em uma grande variedade de produtos para garantir características como antiaderência, impermeabilidade e resistência a manchas.

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Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia revelou que antiaderente de panela aumenta 4,5 vezes o risco de desenvolver câncer
Créditos: Gary Barnes/Pexels
Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia revelou que antiaderente de panela aumenta 4,5 vezes o risco de desenvolver câncer

Embalagens de fast food, panelas antiaderentes e roupas impermeáveis são exemplos de produtos que podem conter esses químicos.

“O câncer de fígado é um dos desfechos mais graves na doença hepática e este é o primeiro estudo em humanos a mostrar que os PFAS estão associados a essa doença”, disse Jesse Goodrich, pós-doutorando da USC, em um comunicado.

Os pesquisadores descobriram que aqueles que foram mais expostos a esses produtos tinham até 4,5 vezes mais chances de desenvolver carcinoma hepatocelular não viral, tipo mais comum de câncer de fígado.

Segundo estudo o produto químico PFOS aumenta risco de câncer de fígado em até 4,5 vezes
Créditos: dani3315/istock
Segundo estudo o produto químico PFOS aumenta risco de câncer de fígado em até 4,5 vezes

Este estudo faz parte de um crescente corpo de pesquisa que mostra o perigo desses compostos que eram relativamente desconhecidos até os últimos anos.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) cortou o nível aceitável desse químico em produtos domésticos em mais de 99% em junho.

Especialistas temem que o dano já tenha sido feito, no entanto, e que muitas pessoas possam enfrentar problemas de saúde significativos no futuro.