Psoríase: o gatilho silencioso que pode agravar a doença crônica
Saiba o que pode agravar a psoríase, como identificar os sintomas e quais cuidados ajudam a controlar essa doença crônica de pele
A psoríase é uma doença crônica que atinge a pele e pode, em alguns casos, afetar também as articulações. Embora tenha predisposição genética, diversos fatores externos podem ser os gatilhos para o início ou agravamento das crises.
Entre esses fatores, estão o estresse, frio, infecções e, segundo estudos, a poluição do ar também pode desempenhar um papel importante no agravamento da condição.
Como a poluição pode ser um gatilho?
Uma pesquisa italiana, publicada no periódico Jama Dermatology, sugere que a concentração elevada de poluentes atmosféricos é capaz de desencadear crises em pessoas com predisposição à psoríase.
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Esses poluentes, como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, benzeno e partículas finas, são liberados principalmente pela queima de combustíveis fósseis de veículos e indústrias — substâncias presentes em grandes concentrações nas cidades.
Durante quase três anos, os autores analisaram dados de quase mil pacientes em acompanhamento dermatológico no Hospital Universitário de Verona, além de informações dos poluentes fornecidos por um instituto oficial.
O que acontece durante uma crise?
Durante uma crise de psoríase, ocorre uma resposta exagerada do sistema imunológico, que acaba atacando a própria pele. Isso resulta na formação de lesões avermelhadas, que descamam e podem ser dolorosas.
As placas podem aparecer em diferentes partes do corpo, desde regiões isoladas até a pele inteira, e também podem causar danos nas articulações em casos mais graves. É mais comum aparecer nos cotovelos, joelhos e no couro cabeludo.
Os sintomas interferem diretamente na qualidade de vida do paciente, especialmente em ambientes urbanos, onde é praticamente impossível evitar a poluição. Portanto, a chave está no controle e no tratamento adequado.
Tratamento
Por ser uma doença crônica, o tratamento da psoríase costuma ser contínuo. A abordagem varia de acordo com a gravidade e a extensão das lesões, além do impacto que a condição causa na vida do paciente. Os principais tipos de tratamento incluem:
- Tratamento tópico: uso de pomadas e cremes aplicados diretamente nas lesões.
- Fototerapia: exposição controlada à radiação ultravioleta para reduzir inflamações.
- Medicamentos orais: utilizados em casos moderados a graves.
- Terapia imunobiológica: remédios modernos aplicados de forma subcutânea, que atuam no sistema imunológico.
O diagnóstico precoce e acompanhamento médico são fundamentais para evitar que as crises se tornem mais frequentes e severas.
É possível prevenir as crises?
Evitar totalmente os gatilhos externos, como a poluição, é um desafio. Contudo, algumas medidas podem ajudar a reduzir a frequência e intensidade das crises:
- Adotar uma rotina de cuidados com a pele, como hidratação diária.
- Buscar maneiras de controlar o estresse, como meditação e atividades físicas leves.
- Evitar fumo e consumo excessivo de álcool, que são fatores que pioram a doença.
- Consultar um dermatologista regularmente para acompanhar a evolução do quadro.
A Catraca Livre também revela um alimento que pode agravar as crises de psoríase, segundo outro estudo. Confira clicando aqui.