Qual é a causa da asma? Novo estudo faz descoberta promissora
Os cientistas descobriram uma nova causa para a asma que pode acabar em um tratamento para prevenir as crises
Caracterizada por episódios de falta de ar, tosse e sibilância, a asma afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo uma parcela significativa da população brasileira.
Porém, publicado na renomada revista Science, um estudo trouxe à luz uma nova causa para as crises de asma, que até então era desconhecida pela comunidade científica.
Qual é a causa da asma?
Enquanto antes acreditava-se que a asma era uma resposta imunológica a agentes internos ou externos, como pólen ou poluição, o novo estudo identifica uma contração súbita das vias aéreas como um fator crucial.
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Pesquisadores britânicos e americanos observaram essa compressão em nível celular em camundongos asmáticos e em tecido respiratório humano. Essa compressão, chamada de extrusão, parece ser responsável pelos sintomas e danos associados à asma.
Isso porque após um ataque de asma, as vias aéreas ficam vulneráveis à entrada de poluentes e alérgenos, contribuindo para infecções respiratórias e mantendo o ciclo inflamatório da doença.
“Vimos que após a compressão causada pela asma, as vias aéreas ficam muito pequenas muito rapidamente, o que afeta as células epiteliais que revestem o interior dessas vias aéreas. Estamos falando de um tipo de células que não são tão flexíveis quanto as células musculares e que não estão preparadas para tal ataque. Com a compressão, as células epiteliais ficam sem espaço e acabam morrendo e desaparecendo”, explicou a farmacologista Elena Ortiz-Zapater, coautora do estudo.
Como a descoberta pode mudar o tratamento da asma?
O grande diferencial da pesquisa atual é que, ao entender melhor a mecânica por trás das crises asmáticas, é possível desenvolver tratamentos que atuem diretamente na causa, e não apenas nos sintomas.
Isso foi demonstrado pelo uso experimental de gadolínio, um composto de contraste para ressonâncias magnéticas, que mostrou ser capaz de prevenir danos nas vias aéreas e reduzir a inflamação e a produção de muco. Essa abordagem poderia interromper o ciclo inflamatório da asma, representando um avanço significativo no tratamento da doença.
Quais são os próximos passos para a ciência?
Apesar do progresso, ainda há desafios a serem superados, como encontrar uma alternativa ao gadolínio que seja segura para administração frequente em humanos.
Além disso, ainda não se sabe por que ocorre essa compressão súbita das vias aéreas. Entender integralmente esses mecanismos é crucial para desenvolver tratamentos ainda mais eficazes.
O estudo representa um salto significativo no entendimento da asma, podendo redefinir abordagens terapêuticas e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Afinal, o que fazer para aliviar a asma?
- Use corretamente a medicação prescrita pelo médico;
- Evite desencadeadores conhecidos, como alérgenos (pólen, ácaros, pelos de animais), irritantes (fumaça de cigarro, poluição do ar) e condições climáticas extremas.
- Mantenha um ambiente limpo em casa, evitando mofo, poeira e pelos de animais. Use capas de proteção para colchões e travesseiros e limpe regularmente com um pano úmido.
- Pratique técnicas de relaxamento, como respiração profunda e yoga, para ajudar a controlar a ansiedade e reduzir a frequência de ataques de asma induzidos pelo estresse.
- Mantenha um peso saudável através de uma dieta equilibrada e da prática regular de exercícios físicos, mas evite atividades ao ar livre em dias de alta poluição ou quando os níveis de pólen estiverem elevados.
- Mantenha contato regular com o médico especialista em asma para ajustar o plano de tratamento conforme necessário e monitorar a condição de forma adequada.
Seguir essas orientações pode ajudar a reduzir os sintomas da asma e melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com essa condição respiratória.
No entanto, é importante consultar sempre um profissional de saúde para um diagnóstico e tratamento adequados.
O que uma pessoa com asma deve evitar?
- Cigarro: o tabagismo é extremamente prejudicial para pessoas com asma e pode desencadear ataques graves. Além disso, a exposição ao fumo passivo também deve ser evitada.
- Poluentes do ar: evitar áreas com alta poluição do ar, como ruas movimentadas ou ambientes industriais, pode ajudar a reduzir a exposição a poluentes que podem desencadear sintomas de asma.
- Alérgenos: identificar e evitar alérgenos específicos que desencadeiam os sintomas de asma, como ácaros, pelos de animais, mofo e pólen, pode ser útil. Isso pode envolver a limpeza regular da casa, o uso de capas antiácaros em colchões e travesseiros, e evitar o contato próximo com animais de estimação.
- Exercícios em ambientes desfavoráveis: exercícios em ambientes frios ou com ar seco podem desencadear sintomas de asma em algumas pessoas. Portanto, é importante considerar a prática de atividades físicas em ambientes internos ou em locais com clima mais ameno.
- Infecções respiratórias: evitar o contato próximo com pessoas doentes e manter uma boa higiene das mãos pode ajudar a prevenir infecções respiratórias, que podem desencadear ou piorar os sintomas de asma.
- Estresse emocional: o estresse emocional pode desencadear ataques de asma em algumas pessoas. Portanto, é importante aprender técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação, respiração profunda e relaxamento muscular.
Ao evitar esses desencadeadores conhecidos e seguir um plano de tratamento adequado prescrito por um médico, as pessoas com asma podem reduzir significativamente a frequência e a gravidade dos sintomas, melhorando assim sua qualidade de vida.