Quando a dor cabeça vale uma consulta médica? Veja 4 situações

Ainda que a dor de cabeça pareça ser algo comum em sua rotina, ela nunca deve ser ignorada ou negligenciada

Sofrer por dias seguidos com esse problema pode ser sinal de exaustão. Logo, a recomendação é procurar um médico para um diagnóstico detalhado – iStock/Getty Images
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Sofrer por dias seguidos com esse problema pode ser sinal de exaustão. Logo, a recomendação é procurar um médico para um diagnóstico detalhado – iStock/Getty Images

Ainda que a dor de cabeça pareça ser algo comum em sua rotina, ela nunca deve ser ignorada ou negligenciada. Principalmente quando ocorre com frequência e de forma intensa. Segundo a literatura médica, a dor de cabeça é um sintoma recorrente em diversas condições crônicas e que, por isso, podem afetar a sua qualidade de vida de diferentes maneiras.

Manifestada de formas distintas, a dor de cabeça está associada à doença com a qual está associada. Na enxaqueca, por exemplo, a condição é latejante e se intensificando.

Não por acaso, saber quais são as enfermidades que causam dores de cabeça é essencial para tratar o problema da forma correta e se livrar dele o quanto antes.

Dor de cabeça: por que não ignorá-la?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça atinge cerca de 140 milhões de brasileiros, sendo considerada uma das doenças mais incapacitantes no Brasil e no mundo. O incômodo é sempre sinal de que algo no seu organismo está errado, visto que é um sintoma que ocorre em muitas patologias, desde as mais leves até as mais graves.

Ao sentir a dor de cabeça com frequência, muitas pessoas acabam se automedicando com analgésicos, o que não é aconselhável. Isso porque os remédios podem aliviar a dor por um momento, mas acabam mascarando o verdadeiro problema, fazendo com que se agrave com o passar do tempo.

A maioria das doenças é mais fácil de tratar quando a descoberta ocorre rapidamente. Por outro lado, as patologias diagnosticadas tardiamente podem se tornar mais resistentes ao tratamento. Sem falar que quando a dor de cabeça é negligenciada, a tendência é que se repita e afete a produtividade e a qualidade de vida da pessoa.

Quais são os tipos de dor de cabeça em que o médico deve ser consultado?

Após um dia estressante, você pode sentir uma dor de cabeça, mas na manhã seguinte, já está bem. Porém, se essa dor for intensa e continuar, ou se passa, mas retorna com frequência, é um sinal de que a melhor coisa a se fazer é procurar ajuda de um profissional de saúde.

Veja quando a dor de cabeça pede uma consulta médica

1. Sinusite
A sua dor de cabeça ataca quando o clima está seco? Esse pode ser um indício de que o sintoma está associado à sinusite, que é uma doença desenvolvida a partir da inflamação dos seios nasais, o que causa dores de cabeça e na face. Sua intensidade pode aumentar quando a pessoa abaixa a cabeça ou se deita.

As crises de sinusite podem ser provocadas por agentes infecciosos, como vírus, fungos e bactérias, que se espalham com maior facilidade no clima seco, e fatores alérgicos. Quem sofre de sinusite não tem apenas dor de cabeça, mas também, dor ao redor do nariz e dos olhos, tosse, congestão nasal e coriza, mau hálito e febre.

A patologia deve ser tratada com analgésicos, remédios anti-histamínicos e descongestionantes. Embora o problema não possa ser curado totalmente, com o tratamento adequado, é possível aliviar as dores e levar uma vida mais saudável.

2. Enxaqueca
A enxaqueca pode ser descrita como uma dor de cabeça mais intensa e pulsante que, em algumas crises, pode vir acompanhada de náuseas, vômito, sensibilidade à luz ou ao som e tonturas. Geralmente, a dor de cabeça da enxaqueca varia da intensidade moderada à intensa.

Outro fator para o qual você deve dar atenção é o tempo de duração da crise, que pode ser de minutos a horas, ou acontecer por 72 horas seguidas. A dor pode se manifestar mais em um dos lados da cabeça, além de desencadear sintomas que afetam a visão e causam dificuldade de contração. O tratamento da doença costuma ser feito com a introdução de analgésicos.

3. Estresse
Em situações de estresse e ansiedade, o nosso organismo libera cortisol e adrenalina — hormônios responsáveis por aumentar a frequência cardíaca. O resultado disso é a dor de cabeça provocada pela vasoconstrição, ou seja, a redução do diâmetro dos vasos que atuam na irrigação da cabeça.

Nesse caso, além de tratar a dor de cabeça em si por meio de medicação adequada, é fundamental que o paciente aprenda como diminuir o estresse. O combate à ansiedade com exercícios é uma ótima iniciativa para reduzir os episódios de dor de cabeça, uma vez que a prática de atividades físicas estimula o corpo a produzir endorfina e serotonina — hormônios que nos ajudam a relaxar, melhoram o humor e contribuem para o bem-estar.

4. Cefaleia em salvas
A cefaleia em salvas é classificada com uma enfermidade rara, que se manifesta a partir de dor muito forte na cabeça, como se fosse uma fisgada, afetando somente um lado da face e o olho. Na maioria das vezes, a doença começa a dar sinais enquanto a pessoa está dormindo, fazendo com que o seu sono seja interrompido. Porém, as crises também podem se repetir durante o dia.

O paciente pode notar, também, corrimento nasal, inchaço e vermelhidão da pálpebra, e lacrimejamento do olho em que a dor está localizada. Infelizmente, a doença ainda não tem cura, mas pode ser tratada com anti-inflamatórios que ajudam a atenuar os sintomas da cefaleia em salvas.