Quando o ar-condicionado não refresca o problema pode ser a parede
5 sinais de que o ar-condicionado foi instalado no lugar errado
Quando um aparelho de ar condicionado é instalado no lugar errado da parede, o desempenho tende a cair de forma significativa, o consumo de energia aumenta, o ambiente demora mais para atingir a temperatura desejada e alguns cômodos ficam com sensação de calor, mesmo com o sistema ligado, efeitos que aparecem no uso diário, especialmente em períodos de altas temperaturas. Além disso, o desconforto térmico pode causar problemas de saúde, como ressecamento das vias respiratórias e dores de cabeça, quando o fluxo de ar atinge diretamente as pessoas.

O que significa instalar o ar condicionado no lugar errado?
Instalar o ar condicionado no local errado não se resume a escolher “um canto qualquer” do ambiente. Em geral, isso ocorre quando o aparelho é fixado em pontos com forte incidência de sol, muito próximos ao teto, sobre portas que abrem o tempo todo ou em paredes voltadas para áreas externas extremamente quentes.
Também é comum encontrar equipamentos instalados atrás de móveis altos, cortinas pesadas ou prateleiras, que bloqueiam a circulação de ar. Outro problema frequente é posicionar o ar condicionado diretamente voltado para a cama, sofá ou estação de trabalho, causando desconforto térmico e correntes de ar exageradas em um único ponto.
Em alguns casos, o erro começa já no projeto, quando não se avalia a carga térmica do ambiente, o número de pessoas e a quantidade de equipamentos eletrônicos. Mesmo um aparelho corretamente dimensionado pode parecer “fraco” se estiver em um local que prejudica o fluxo de ar ou exposto a calor excessivo.
Quais são os efeitos do posicionamento inadequado do ar condicionado?
Quando o ar condicionado está instalado no lugar errado, a distribuição do ar fica comprometida e o equipamento tende a resfriar apenas a região à frente da evaporadora. Os pontos mais afastados permanecem quentes e o termostato “entende” que o ambiente ainda não atingiu a temperatura programada, mantendo o compressor em funcionamento por mais tempo.
Se o aparelho recebe sol direto ou está em uma parede muito aquecida, o problema se intensifica. Nesses casos, o sistema precisa vencer o calor do ambiente interno e o calor que chega pela superfície da parede, gerando ciclos de funcionamento mais longos, aquecimento do conjunto e, com o tempo, redução da vida útil do compressor e de outros componentes internos.
Outro efeito comum é o aumento do nível de ruído: como o equipamento trabalha mais tempo em alta rotação, ventiladores e compressor ficam mais exigidos, o que pode incomodar em dormitórios, escritórios ou salas de reunião.
Como o local de instalação afeta a circulação de ar?
Em locais com pouca circulação de ar, como cantos muito fechados ou próximos ao teto, o retorno do ar quente para o aparelho é limitado. O ar resfriado circula mal, o sensor de temperatura faz leituras imprecisas e surgem variações constantes na sensação térmica do ambiente, prejudicando o conforto.
Em espaços comerciais ou ambientes com grande fluxo de pessoas, esse comportamento pode afetar diretamente clientes e colaboradores. Em horários de maior movimento, o sistema trabalha mais tempo em alta carga, o que favorece desgaste prematuro, ruídos incômodos e necessidade de manutenção mais frequente.
Por isso, além de escolher a parede correta, é importante considerar ventilação cruzada, pé-direito, divisão de ambientes integrados e, quando necessário, o uso de mais de uma unidade interna ou de dutos para atender áreas maiores sem criar “ilhas” de frio e calor.

Como escolher o melhor lugar na parede para o ar condicionado?
A escolha do ponto ideal para o aparelho envolve observar a circulação natural de ar, a incidência de sol e o uso cotidiano do cômodo. Em geral, recomenda-se instalar o ar condicionado em altura intermediária, permitindo que o ar frio se espalhe de forma mais uniforme, longe de correntes de ar externas diretas.
Algumas orientações práticas ajudam a definir um posicionamento mais eficiente e a reduzir o esforço do equipamento no dia a dia:
- Evitar paredes que recebam sol direto durante a maior parte do dia.
- Manter distância adequada de cortinas, armários e prateleiras que possam bloquear o fluxo de ar.
- Não direcionar o jato de ar diretamente para camas, sofás ou postos de trabalho fixos.
- Garantir espaço livre ao redor da unidade interna para melhor circulação.
- Verificar o trajeto de tubulações e a posição da unidade externa para reduzir perdas.
Para instalações mais complexas, como em escritórios amplos, pé-direito alto ou ambientes integrados, a avaliação técnica torna-se ainda mais relevante. Profissionais analisam a planta, dimensionam a carga térmica e indicam os pontos mais adequados nas paredes para que o sistema não opere sempre no limite de capacidade.
Alguns sintomas ajudam a identificar quando o aparelho pode estar instalado em um local desfavorável. Entre eles, estão a sensação de ambiente quente mesmo com o termostato em temperatura baixa, diferenças marcantes de temperatura entre pontos do cômodo e a necessidade de manter o equipamento ligado por longos períodos sem atingir o conforto esperado.
Quando esses sinais aparecem, a simples revisão do local de instalação pode trazer bons resultados, sem necessidade de troca do equipamento. Ajustar a posição na parede, redirecionar a aleta de saída de ar e avaliar barreiras físicas ao fluxo de ar tendem a melhorar a eficiência e a estabilidade da temperatura ao longo do dia.
- Conta de energia em alta após a instalação ou troca de local do aparelho.
- Ruídos mais intensos por funcionamento prolongado do compressor.
- Compressor ligando e desligando em intervalos muito curtos.
- Formação de condensação excessiva na unidade interna ou em torno do dreno.
- Desconforto por jato de ar direto sobre pessoas em um único ponto.