Quantos passos dar por dia para evitar doenças cardíacas?
Este guia de atividade física revela como uma rotina simples pode contribuir para uma vida mais saudável
A caminhada, exercício ao qual apenas um par de tênis é necessário para começar, costuma ser considerada uma atividade simples, mas envolve uma série de músculos, inclusive o coração, e também tem impacto na capacidade respiratória. Mas, quantos passos por dia são necessários para obter os benefícios dessa prática?
Quantos passos dar por dia para evitar doenças cardíacas?
O resultado de um estudo publicado pela Universidade de Buffalo, nos EUA, mostra que a quantidade de passos pode variar.
Em agosto de 2023, uma pesquisa aconselhava cerca de 11 mil passos diários como medida para reduzir significativamente as chances de morte quando comparado a pessoas com hábitos sedentários.
Porém, um dado mais recente e específico foi descoberto para mulheres com mais de 60 anos.
Uma meta razoável para mulheres mais velhas
Analisando quase 6 mil mulheres norte-americanas, entre 63 e 99 anos, a pesquisa descobriu que somente 3,6 mil passos por dia já reduzem os riscos de insuficiência cardíaca em 26%.
Além disso, dedicar cerca de 70 minutos para exercícios leves ou 30 minutos para uma caminhada de ritmo moderado tem resultados positivos para a saúde do coração dessas mulheres.
Prevenção primária é crucial para a saúde do coração
“Andar cerca de 3 mil passos por dia pode ser uma meta razoável para mulheres idosas e é capaz de reduzir o risco da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP), muito associada ao envelhecimento”, afirmou o epidemiologista Michael J. LaMonte, principal autor do estudo.
A ICFEP é uma condição mais comum em mulheres idosas, especialmente naquelas com outros problemas de saúde como obesidade, pressão alta, diabetes, insuficiência renal e fibrilação atrial. Tendo poucas opções de tratamento estabelecidas, a prevenção primária se torna ainda mais crucial.
O exercício físico tem o poder de prevenir doenças
LaMonte destaca ainda a relevância desse estudo por ser o primeiro a mostrar como a caminhada pode impactar a saúde das mulheres na prevenção de insuficiências cardíacas.
A maioria dos estudos feitos anteriormente compara dados de mortalidade, sem focar no risco de doenças.
“O potencial das atividades de vida diária de intensidade leve que encontramos pode estimular todos a praticar mais exercícios”, conclui o especialista.