Quem pode tomar a 4ª dose da vacina contra a covid-19? Quando será a minha vez?
Além da proteção individual, a vacinação torna as infecções mais leves e com menor potencial de transmissão, o que reduz a circulação do vírus
Em março deste ano, o Ministério da Saúde recomendou a quarta dose da vacina contra a covid-19, também chamada de segunda dose de reforço, em idosos acima de 80 anos. Na ocasião, alguns estados já realizavam a vacinação nessa faixa etária e em pessoas com problemas no sistema imunológico.
Para receber o segundo reforço, é necessário esperar por, pelo menos, 4 meses a partir da data da 3ª dose.
Em idosos, o reforço é importante porque, devido ao envelhecimento do sistema imunológico, o tempo de proteção é menor. A vacina estimula uma proteção adicional de anticorpos neutralizantes.
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Além dos idosos, estão elegíveis para uma nova dose: pessoas com 12 anos ou mais que tenham condições ou doenças que comprometem o sistema imunológico, como transplantado, quem vive com HIV, quem está em tratamento para o câncer ou que faça uso de medicamentos imunossupressores.
Neste momento, não há previsão do segundo reforço para outras faixas etárias.
Por falta de uma norma federal, apesar das diretrizes do Plano Nacional de Imunização, cada prefeitura determina seu calendário vacinal. Em São Paulo, por exemplo, a vacinação já está disponível a partir dos 60 anos e aos imunossuprimidos.
Portanto, é importante se informar no posto de saúde local ou no site da prefeitura de sua cidade para saber quem está contemplado neste reforço.
Para se vacinar, leve um documento de identificação com foto, CPF, comprovante de residência, a carteirinha de vacina e a sua máscara de proteção. Lembre-se de manter o distanciamento na fila. Uma carteirinha nova será emitida caso não a tenha.
O que diz a OMS sobre a 4ª dose da vacina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu a necessidade do reforço contra a covid-19 em idosos por causa do envelhecimento do sistema imunológico.
Soumya Swaminathan, cientista chefe da OMS, afirmou que não há dados que justifiquem, ao menos por enquanto, a recomendação da quarta dose de forma mais generalizada.
Segundo Swaminathan, as duas doses iniciais e uma de reforço oferecem resposta imunitária “completa e forte”, mas a “quarta dose pode ajudar” os idosos e pessoas com doenças que afetam o sistema imunitário.
Vale lembrar que a OMS ainda avalia com cautela a situação da pandemia do coronavirus.
A periodicidade da vacinação depende da circulação do vírus e pode entrar no calendário anual, como ocorre com a gripe.
Ainda que o reforço tenha ação temporária, a dose extra é fundamental para diminuir os sintomas graves e, consequentemente, mortes e sequelas.
A agência reguladora norte-americana FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos, na sigla traduzida do inglês) liberou a segunda dose do reforço para a população acima de 50 anos, após constatar a queda na proteção.
Segundo o boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, há uma baixa adesão de adultos com menos de 30 anos na terceira dose, que fica abaixo de 40%. Entre 18 e 19 anos, o percentual é ainda menor: 25,2%.