Radiação de celulares causa queda na fertilidade masculina
Conheça mais sobre a conexão entre estilo de vida e fertilidade
Imagine um mundo onde fatores comuns do nosso dia a dia, como tecnologia e estilo de vida, pudessem afetar diretamente a fertilidade masculina. Já parece parte de uma distopia? Pois na verdade, trata-se de uma realidade cada vez mais presente.
Há décadas, pesquisas demonstram a queda na qualidade do sêmen, associando fatores como alimentação não saudável e sedentarismo com a infertilidade.
Agora, um recente estudo da Universidade de Genebra e do Instituto Suíço de Saúde Tropical e Pública mostra uma nova peça desse quebra-cabeças: o uso de celulares.
Radiação de celulares causa queda na fertilidade masculina
Mas como, afinal de contas, a inocente prática de enviar mensagens, fazer ligações e navegar pelas redes sociais poderiam se conectar à fertilidade masculina?
Veja os resultados desse surpreendente estudo, entrelaçando-os com discussões anteriores no campo da saúde reprodutiva.
A conexão entre celulares e a qualidade do sêmen: um estudo revelador
O estudo suíço envolveu mais de 2.800 homens jovens como voluntários, que tiveram o tempo de uso dos telefones móveis monitorado e a qualidade do sêmen analisada cuidadosamente.
Os pesquisadores observaram que aqueles que usavam seus aparelhos várias vezes ao dia tinham uma concentração e contagem total de espermatozoides significativamente menor do que aqueles que os usavam apenas uma vez por semana.
E a diferença não foi pequena: uma redução de 21% no número de espermatozoides, para ser preciso.
Mas é só uma questão de frequência?
Na verdade, a pesquisa trouxe outras surpresas. Observou-se que a queda na qualidade do esperma não guardava relação apenas com o uso frequente do celular, mas também com o avanço da tecnologia.
Conforme os telefones móveis evoluíram da tecnologia 2G para 4G, a redução da qualidade do sêmen aumentou, mesmo que o tempo de uso permanecesse o mesmo.
O que dizem os especialistas sobre o uso do celular e a fertilidade masculina?
Os resultados do estudo suíço são realmente chocantes. No entanto, cabe lembrar que há uma diferença significativa entre correlação e causalidade.
Ainda que os dados revelem que o uso frequente do celular está associado à queda na qualidade do sêmen, isso não significa necessariamente que um seja a causa do outro. Há diversas outras variáveis que podem jogar no jogo da fertilidade masculina, como hábitos de vida, estresse, entre outros.
Logo, mais estudos são necessários para desenhar uma linha conclusiva entre o uso do celular e a fertilidade masculina.
Em suma, sem dúvida alguma, precisamos ficar atentos aos avanços nessa área de pesquisa. A saúde reprodutiva é um campo complexo que se entrelaça com uma ampla gama de fatores.
A adoção de um estilo de vida saudável, uma alimentação balanceada e o uso consciente da tecnologia ainda são algumas das melhores estratégias para se manter saudável – e talvez até fecundo.