Reconheça os sinais de demência antes de um diagnóstico
Sintomas inesperados de demência incluem mudanças de humor, quedas frequentes e desejos por doces.
A demência é uma condição que afeta profundamente as funções cognitivas, como memória, linguagem e raciocínio. Embora o Alzheimer seja a forma mais comum, existem outros tipos, cada um com características próprias.
Reconhecer os sinais precoces é essencial para um diagnóstico preciso e para intervenções que podem melhorar a qualidade de vida.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais convive com algum tipo de demência, totalizando aproximadamente 2,71 milhões de pessoas. Projeções indicam que esse número pode chegar a 5,6 milhões até 2050.
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Estima-se que 80% dos casos não são diagnosticados, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, devido à desinformação e ao estigma associados à doença. A conscientização pública e a implementação de políticas de saúde são essenciais para enfrentar esse desafio crescente.
Sinais clássicos e menos evidentes
Os sintomas de demência vão além da perda de memória, que é amplamente reconhecida. Existem sinais menos conhecidos que também podem indicar o início da condição. Ficar atento a esses indícios pode facilitar a identificação precoce e o tratamento.
- Mudanças nos hábitos alimentares: um aumento na preferência por alimentos doces é um dos sinais menos conhecidos. Isso pode estar ligado à diminuição das papilas gustativas e às alterações nos níveis de insulina no cérebro. Embora aparentemente inofensiva, essa mudança pode ser um indicativo relevante.
- Perda de olfato: alterações sensoriais, como a perda do olfato, são comumente negligenciadas, mas estudos sugerem que elas podem ocorrer nos estágios iniciais da demência, especialmente em casos de Alzheimer. Essa condição está relacionada às mudanças no sistema nervoso central.
- Alterações no comportamento e humor: mudanças comportamentais, como apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, são sinais menos evidentes que podem apontar para o desenvolvimento de demência. Famílias devem observar essas alterações com atenção.
- Convulsões e quedas frequentes: episódios de convulsões e quedas repetidas também estão associados a estágios mais avançados da demência. Esses eventos podem refletir problemas de coordenação motora e maior vulnerabilidade do organismo.
Fatores de risco que merecem atenção
Embora os sinais possam variar entre os indivíduos, há fatores que aumentam a probabilidade de desenvolver demência. Reconhecê-los pode ajudar na prevenção e no manejo adequado da condição.
- Idade: o risco cresce significativamente com o envelhecimento.
- Histórico familiar: parentes de primeiro grau com demência aumentam as chances de outros membros desenvolverem a condição.
- Traumas cranianos: lesões no cérebro podem predispor ao surgimento de demência.
- Doenças crônicas: condições como diabetes e hipertensão podem intensificar os sintomas.
- Hábitos de vida: dieta inadequada, falta de atividade física e abuso de substâncias também são fatores importantes.
A importância do diagnóstico precoce
Embora não exista uma cura definitiva para a maioria das formas de demência, detectar a condição nos estágios iniciais permite intervenções que podem retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida.
Tratamentos e ajustes no estilo de vida são cruciais para minimizar o impacto da condição e preservar a independência do paciente pelo maior tempo possível.
13 hábitos que aumentam o risco de demência: como preveni-los
Estudos apontam que fatores como sedentarismo, tabagismo e alimentação desequilibrada podem elevar o risco de demência. A adoção de um estilo de vida saudável, com exercícios regulares, dieta balanceada e controle de doenças crônicas, é essencial para prevenir a condição. A identificação precoce de sintomas também contribui para retardar sua progressão. Saiba mais!