Remédio conhecido por ‘fazer engravidar’ é proibido no Brasil
O suplemento vitamínico que ganhou fama nas redes sociais
O complexo vitamínico Vita Baby Gotas viralizou nas redes sociais ao prometer “efeitos milagrosos” na luta contra a infertilidade feminina e masculina.
O fabricante define o suplemento alimentar líquido, que ganhou fama por supostamente solucionar problemas reprodutivos com o consumo diário de apenas 20 gotas, por dois a seis meses.
No entanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou que proibiu a venda da solução e negou suas atribuições terapêuticas.
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Remédio que promete gravidez é proibido no Brasil
No Tiktok, a hashtag com o nome do produto está repleta de vídeos que reforçam as promessas da marca, como a regulação da menstruação, prevenção contra abortos espontâneos, tratamento de miomas e até mesmo a reversão de laqueaduras – uma cirurgia que só pode ser revertida com outro procedimento cirúrgico. A decisão da Anvisa é de 10 de março deste ano.
Os vídeos divulgados dizem: “Esse é o tratamento que pode te ajudar a se tornar mãe”. Em apenas uma dessas publicações, mais de 50 comentários de mulheres buscam um local para adquirir o produto. Todas são direcionadas para o portal de compras do complexo vitamínico, que custa a partir de R$ 129.
No site oficial de revenda do complexo, a lista de ingredientes indica a presença de tocoferol, colicalciferol, biotina, entre outras vitaminas. A Anvisa ainda não se pronunciou sobre os riscos das substâncias.
“Produzido de raízes e plantas, rica em vitaminas, minerais, proteínas, fibras e outros elementos que ajudam o organismo em questões como o aumento da fertilidade”, diz o portal de vendas.
Além das mulheres, o produto ainda promete ser útil para problemas de fertilidade em homens, como baixa mobilidade de espermatozoides, alterações hormonais e até mesmo aumentar o estímulo sexual.
A Anvisa afirmou que o produto Vita Baby não tem registro no órgão como um medicamento e, por isso, considera qualquer alegação terapêutica indevida.
“Somente medicamentos registrados podem fazer alegações desse tipo, e por isso a agência reguladora proibiu as propagandas de cunho medicinal do Vita Baby em março deste ano”.