Descoberto o remédio para diabetes que pode proteger contra Alzheimer
Os cientistas descobriram que o medicamento para diabetes pode reduzir o risco de Alzheimer em até 70%; saiba mais sobre esse avanço
Uma extensa pesquisa revelou que um medicamento amplamente utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 pode trazer benefícios além do controle glicêmico.
A descoberta foi feita por cientistas da Escola de Medicina Case Western Reserve, nos Estados Unidos, que associaram o uso de semaglutida, princípio ativo presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, à redução do risco de desenvolver Alzheimer.
O que os cientistas descobriram?
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram mais de um milhão de registros médicos de pacientes idosos com diabetes tipo 2.
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Sob a liderança do especialista Rong Xu, a equipe se concentrou em dados de pessoas acima de 60 anos, que utilizavam medicamentos como insulina, Ozempic e liraglutida (Victoza).
O objetivo era verificar possíveis relações entre o uso desses medicamentos e a saúde cognitiva ao longo de três anos.
Os resultados mostraram que pacientes que faziam uso de semaglutida apresentaram uma redução de até 70% no risco de desenvolver Alzheimer, em comparação com aqueles que usavam insulina convencional.
Além disso, surpreendentemente os efeitos da semaglutida superaram a liraglutida, que em estudos anteriores também havia demonstrado um potencial para retardar a progressão do Alzheimer.
Por que a semaglutida é eficaz na prevenção de Alzheimer?
Embora os mecanismos ainda não sejam totalmente compreendidos, os cientistas acreditam que a semaglutida possa influenciar positivamente a saúde cognitiva.
O medicamento é conhecido por regular os níveis de açúcar no sangue e ajudar na perda de peso, mas seu impacto em outros sistemas do corpo está se revelando promissor.
A semaglutida é comercializada em doses variadas para diferentes finalidades. No caso do Ozempic, a dose semanal pode chegar a 2 mg, enquanto o Wegovy é administrado em doses superiores, a partir de 2,4 mg.
De acordo com Xu, esses achados são apenas o começo: “Nossos resultados indicam que pesquisas adicionais sobre o uso da semaglutida precisarão ser investigadas por meio de ensaios clínicos randomizados”, finalizou Xu.