Renata Capucci revela como percebeu os primeiros sinais de Parkinson aos 45 anos

A jornalista recordou em entrevista que procurou a emergência após seu braço levantar sozinho: "notícia devastadora"

30/04/2025 17:21

A jornalista Renata Capucci voltou a falar publicamente sobre sua experiência com a doença de Parkinson, diagnosticada em 2018, quando ela tinha apenas 45 anos.

Renata Capucci revelou que levou quatro anos para falar sobre o Parkinson porque precisava de tempo
Renata Capucci revelou que levou quatro anos para falar sobre o Parkinson porque precisava de tempo - reprodução/Instagram/@renatacapucciofficial

Em entrevista ao programa “Sem Censura”, da TV Brasil, ela compartilhou detalhes do diagnóstico e reforçou a importância da informação para combater o estigma que ainda cerca o tema.

Quais foram os primeiros sintomas de Renata?

Segundo Renata, os primeiros sintomas foram discretos, mas suficientes para despertar a atenção de quem convivia com ela.

As pessoas falavam pra mim: ‘você está mancando’. E eu falava: ‘eu não estou mancando’. E de fato, eu não estava mancando. Era a lentidão da minha perna esquerda que parecia que eu estava mancando”, contou.

No entanto, foi um episódio em casa que acendeu o alerta definitivo: “Um belo dia, eu estava em casa e o meu braço subiu sozinho. Aí meu marido falou: ‘opa, isso pode ser uma coisa grave’. E aí eu fui direto pra uma emergência.”

Após exames clínicos e uma ressonância magnética, veio a confirmação. “A médica falou assim: ‘Renata, você tem Parkinson’. Eu falei: ‘Doutora, a senhora está doida, eu tenho 45 anos’. […] É uma notícia devastadora”, relembrou.

A jornalista destacou a falta de informação da sociedade sobre o Parkinson, doença neurológica progressiva
A jornalista destacou a falta de informação da sociedade sobre o Parkinson, doença neurológica progressiva - reproduçã/instagram/renatacapuccioficial

Experiência com a doença

A jornalista, que tornou o diagnóstico público apenas em 2022, aproveitou o espaço no programa para destacar o quanto a sociedade ainda sabe pouco sobre a doença neurológica progressiva. “A ideia é justamente trazer luz para algo que ainda tem muito estigma e preconceito.”

Hoje, além de seguir cuidando da saúde e se dedicando aos exercícios físicos, Renata busca inspirar outras pessoas.

Durante a entrevista, ela também leu a mensagem que recebeu de uma seguidora diagnosticada com a doença: “Te vejo nas redes sociais e você me inspira. […] Quero fazer como você: não me entregar”, dizia parte do texto da seguidora. 

Então, se esse foi o preço que eu paguei, está valendo. Porque se eu puder ajudar uma pessoa a entender o que é essa doença, buscar tratamento, a entender a importância do exercício físico… O diagnóstico não é o fim”, finalizou Renata.

Repórter manteve doença em segredo por anos

Apesar de ter recebido o diagnóstico em 2018, Renata, hoje com 51 anos, só tornou a condição pública em 2022.

Em uma live recente no Instagram com a neurologista Mariana Moscovich, ela explicou o motivo do silêncio: precisava de tempo para processar a notícia, que teve grande impacto em sua vida.

Esperei quatro anos para falar. Começou a me incomodar porque sou jornalista, sou contadora de histórias da vida real. Eu não podia ter uma vida dupla”, desabafou. “Cada um tem o seu tempo. Esse foi o meu.”

Ao tornar público o diagnóstico no podcast “Isso é Fantástico”, em 2022, ela assumiu o desafio de lidar com a condição de forma aberta, mas sempre reforçando que não deseja ser vista com pena. “Essa doença existe, mas eu não me vitimizo por ter Parkinson. Não quero que ninguém tenha pena de mim porque eu luto contra a doença.”

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