Resiliência aumenta expectativa de vida em idosos, diz ciência

Maior resiliência entre idosos aumenta consideravelmente a expectativa de vida

10/09/2024 21:29

Estudo destaca a importância de um composto, encontrado em diversos alimentos, na promoção da longevidade e na prevenção de doenças – Rawpixel/DepositPhotos
Estudo destaca a importância de um composto, encontrado em diversos alimentos, na promoção da longevidade e na prevenção de doenças – Rawpixel/DepositPhotos

A habilidade de lidar com adversidades e se adaptar a desafios, conceito conhecido como resiliência, está fortemente ligada à diminuição do risco de mortalidade em pessoas idosas, de acordo com um estudo recente publicado no BMJ Mental Health.

Para chegar à conclusão, a pesquisa analisou mais de 10 mil adultos acima de 50 anos, faz parte do Health and Retirement Study (HRS), conduzido nos Estados Unidos.

Resiliência para aumentar a expectativa de vida

Os resultados revelaram uma associação clara entre a resiliência psicológica e a taxa de mortalidade. Durante os 12 anos de acompanhamento, foi observado que indivíduos com maior resiliência tinham um risco significativamente menor de morrer por qualquer causa.

Aqueles com as maiores pontuações em resiliência apresentaram 53% menos probabilidade de morrer em comparação com os que obtiveram pontuações mais baixas.

Mesmo considerando fatores como doenças crônicas e estilo de vida, a relação permaneceu significativa, embora um pouco reduzida.
Os participantes foram distribuídos em quatro categorias com base em suas pontuações em uma escala validada de resiliência. As taxas de sobrevivência em dez anos variaram de 61% para os menos resilientes a 84% para os mais resilientes.

O estudo também apontou que as mulheres apresentaram uma correlação mais forte entre resiliência e longevidade do que os homens.

Qual é a relevância desta descoberta?

Para os especialistas, os achados indicam que promover a resiliência mental pode ser uma estratégia eficaz para reduzir a mortalidade, especialmente entre os mais velhos.

Além de ajudar no enfrentamento do estresse e das dificuldades da vida, a resiliência parece ter, segundo o estudo, um efeito protetor contra doenças graves, mesmo quando outros fatores de risco estão presentes.

A descoberta sublinha ainda a importância da saúde mental, demonstrando que ela é tão crucial quanto a saúde física. Esforços para fortalecer a resiliência, como terapias psicológicas e programas de apoio social, podem desempenhar um papel essencial na melhoria da qualidade de vida e na longevidade.

Por isso é possível afirmar que, ao enfrentar melhor as adversidades, os idosos podem não apenas viver mais, mas também viver de forma mais saudável.